Manaus, AM – A Prefeitura de Manaus ingressou na tarde desta sexta-feira (8) com ação judicial no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-11ª região) solicitando o cancelamento da paralisação dos trabalhadores do transporte coletivo programada para a próxima segunda-feira.
Segundo nota da Prefeitura, a medida ocorre porque “a essencialidade do serviço não comporta paralisações, ainda mais de 70% da frota”, como informado pelo sindicato da categoria.
“Além da ação já intentada pela Procuradoria Geral do Município, em nível de parceria institucional, fizemos contato com o Dr. Carlos Alberto Almeida, da Defensoria Pública do Estado, para o compartilhamento de estratégias de defesa dos usuários e consumidores do transporte coletivo de Manaus para evitar abusos que levem ao caos”, disse o procurador geral do Município, Marcos Cavalcanti.
A decisão foi unanime
Os rodoviários de Manaus decidiram paralisar 100% da frota de ônibus na próxima segunda. A decisão unânime ocorreu após reunião entre servidores da categoria e o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Manaus (STTRM), no fim da tarde da quinta (7).
A categoria reivindica o pagamento do reajuste salarial de 8%, autorizado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
O presidente do sindicato, Givanci Oliveira afirma que a aprovação da paralisação foi unânime entre os trabalhadores. A paralisação está prevista para começar às 4h e deve afetar todas as zonas da capital.
Atraso no pagamento
“O atraso do pagamento já ocorre há sete meses e o sindicato vem ajuizando ações na Justiça pedindo danos morais e multa por descumprimento. Fazemos greve e entramos na Justiça para tentar coibir esses atrasos”, disse.
Ainda de acordo com o sindicato, a categoria também pede o pagamento dos dias de trabalho referentes à greve e que os empresários assinem o comum acordo.
Sobre o reajuste autorizado pelo TRT, Oliveira informou que a categoria ainda não desistiu de lutar também por um aumento maior. “A gente, com certeza, esperava mais. Vamos brigar para conseguir, pelo menos, 9,5%”, diz Givancir.
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