A medida ocorre após série de visitas realizadas em empresas que operam o sistema na capital e que apontam precariedade nos serviços.
Manaus, AM – A Prefeitura de Manaus anunciou, nesta segunda-feira (22), que fará uma intervenção no transporte público de Manaus. A medida ocorre após uma série de visitas realizadas em empresas que operam o sistema na capital e que apontam precariedade nos serviços.
O decreto que determina a intervenção foi assinado nesta tarde pelo prefeito Artur Neto. A validade é de 90 dias, mas pode ser prorrogado. Francisco bezerra, ex-empresário do setor de transporte, será o interventor responsável, de acordo com Artur.
De acordo com o documento, a medida abrangerá o sistema financeiro operacional das empresas e ensejará o acompanhamento direto de todas as operações financeiras de entrada e saída de recursos, inclusive em relação aos dados do sistema de bilhetagem eletrônica.
Transferência de poder
“Estou transferido plenos poderes para o Francisco Bezerra executar essa devassa nas contas, nas finanças. De organizar recursos do sistema de transporte coletivo, com o apoio da Prefeitura. Queria estar falando de águas mais tranquilas, mas essa é a medida necessária” anunciou o prefeito durante coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (22).
Escolhido pela experiência dentro do setor, Francisco Bezerra destacou a importância de esclarecer à população a “verdade no sistema”, sem entrar em detalhes.
“O prefeito me procurou hoje e nós temos que conhecer a verdade. O empresário tem que falar a verdade. A missão de tirar dos cofres públicos para pagar os funcionários não é o correto.
O prefeito devia ter feito isso mais cedo para desvendar o que tem por trás do sistema de transporte”, afirmou Bezerra.
O procurador-geral do Município, Rafael Albuquerque Gomes de Oliveira, endossou a relevância das medidas que considera “drásticas” para o equilíbrio no sistema.
“A prestação de serviços públicos se dá de forma direta ou indireta por meio das empresas. No caso do transporte coletivo, nós temos um contrato de concessão de 2011 e temos percebido a falta das empresas no tocante em relação às tarifas trabalhistas. Nós acreditamos que é uma medida inicial, e podem ter outras medidas drásticas. Temos que transparecer para o público de Manaus se o sistema de transporte está equilibrado ou desequilibrado. Mostrar porque os funcionários não estão recebendo”, comentou.
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