Prefeitura fortalece ação de turismo comunitário na RDS do Tupé

05-11maManaus – Um grupo de aproximadamente 100 comunitários da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Tupé participará nesta quinta-feira, 6, da solenidade de entrega do certificado do Programa de Qualificação do Segmento Turístico, desenvolvido pela Prefeitura de Manaus e voltado para moradores das seis comunidades que formam a RDS.

A entrega dos certificados acontecerá das 10h às 12h, no Centro Administrativo de Desenvolvimento Sustentável (CADS), na comunidade São João do Tupé.

O programa foi desenvolvido em parceria entre a Escola Municipal de Serviço Público (Espi), Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) e Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), entre os meses de maio e novembro. Foram realizados cursos para comunitários e permissionários que trabalham diretamente com o receptivo de visitantes e turistas que escolhem a RDS do Tupé como destino.

Por meio de aulas práticas e teóricas, os alunos aprenderam sobre manipulação de alimentos e bebidas, formatação de roteiro turístico, aprendendo a empreender, elaboração e apresentação de cardápios e, por último, monitoramento ambiental. O turismo de base comunitária tem na conservação da reserva sua base de sustentação.

Para a secretária Kátia Schweickardt, um dos reflexos mais importantes da implantação do programa na RDS foi o fortalecimento do turismo de base comunitária, que é uma atividade desenvolvida por uma parcela significativa de moradores da reserva e que tem um caráter sustentável. “A iniciativa fez parte do planejamento das ações de preparação da cidade de Manaus para a Copa do Mundo 2014 e agora fica como um legado, que permitirá o fomento à atividade turística sustentável para a região do Baixo Rio Negro”, afirmou.

Segundo a diretora-geral da Espi, Luiza Bessa Rebelo, a iniciativa impulsiona o desenvolvimento das potencialidades turísticas da RDS, qualificando a população ribeirinha e as tradicionais comunidades existentes no local. “Com os cursos, mostramos para os moradores que é possível melhorar o atendimento ao visitante e tornar o turismo uma fonte de renda. Agora, além da hospitalidade, que já é conhecida, teremos também profissionais prontos para atender à demanda, que deve aumentar”, explicou Luiza.

Já o diretor-presidente da Manauscult, Bernardo Monteiro de Paula, ressalta que a cidade só pode ser boa para os turistas quando é boa para os cidadãos que nela vivem. “A Manauscult vem trabalhando de forma intensa nas ações de políticas turísticas para deixar a capital cada vez mais preparada. E isso é um trabalho que também envolve diversos órgãos municipais. Os cursos de capacitação fazem parte da estratégia ao segmento e são importantes, uma vez que dão oportunidade aos permissionários de oferecer serviços de qualidade aos visitantes”.

Sinomar Fonseca, que é diretor de Áreas Protegidas da Semmas, ressaltou o aspecto inovador da capacitação dos comunitários. Segundo ele, este foi um trabalho mais que necessário e de extrema compensação para os moradores da RDS já que possibilitou a capacitação para grupos diferenciados de trabalhadores do segmento turístico e, ao mesmo tempo, aprimorou a recepção nas comunidades da reserva.

Ao todo, a RDS do Tupé possui seis comunidades (São João do Tupé, Julião, Livramento, Colônia Central, Agrovila e Tatu) e, em todas, há um fluxo de visitantes a depender da vazante. A chefe da Divisão de Áreas Protegidas da Semmas, Socorro Monteiro, comenta que os cursos contaram com participantes de todas as comunidades do Tupé e entorno.

“É importante destacar o cuidado que os três órgãos tiveram com a condução do trabalho. Pela primeira vez, uma ação é desenvolvida em parceria, com três órgãos distintos, cada um trabalhando na sua área, com a preocupação de adaptar o conteúdo abordado a partir da realidade dos ribeirinhos, além de realizar visitas prévias com todos os instrutores dos cursos para que conhecessem os locais”, destacou Socorro. “Nosso papel é capacitar a comunidade para que com a realidade que a cerca seja possível fazer bonito para os turistas”, concluiu a coordenadora pedagógica da Espi, Isabel Olmos.

Foto: Divulgação/Semcom

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