MANAUS, AM – Durante minicomício com panfletagem realizado hoje, na Avenida de Curaçao, bairro Nova Cidade, Zona Norte, o candidato a prefeito de Manaus, José Ricardo (PT), e seu vice, Yann Evanovick (PCdoB), trataram de suas propostas para o transporte público, enfatizando a transferência de 100% do controle das informações do sistema do transporte coletivo para a Prefeitura de Manaus, por meio da Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU).
Atualmente, a Prefeitura de Manaus não detém nem informações básicas como a planilha de custos do transporte coletivo. Em maio deste ano, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetran) solicitou à Câmara Municipal de Manaus (CMM) a realização de Audiência Pública com representantes da SMTU para apresentação desses dados. “É uma clara demonstração de que o poder concedente, a Prefeitura, não tem dados e informações organizadas e seguras da planilha. São os empresários que apresentam a sua planilha de custos, mas claro, que numa ótica empresarial. Eles querem comparar a planilha deles com a da Prefeitura, porém, o Executivo Municipal, que deveria ter esses dados bem detalhados e deveria definir o preço da tarifa, parece não ter. É o prefeito se omitindo de sua responsabilidade, e quem paga por isso é a população que depende do transporte público”, criticou José Ricardo.
A coligação “Compromisso com o povo” também tem como proposta o funcionamento do Conselho Municipal de Transportes Urbanos (COMTU) para que, por exemplo, a sociedade civil, representantes das empresas e do poder público concedente discutam as intervenções no sistema. “É fundamental ouvir aqueles que dependem do transporte público para ir e vir. São eles que sabem as dificuldades enfrentadas diariamente com ônibus velhos e lotados, passagem cara e além de muitas vezes esperar horas pela condução em abrigos abandonados. Ninguém perde em ouvir a população e consultá-la para melhorar este serviço”, expôs.
José Ricardo e Yann defendem ainda no Plano de Governo: dotar os coletivos de acionamento direto do sistema de segurança por convênio via GPS, em caso de delitos durante o trajeto (“botão do pânico”); fiscalizar o transporte público de passageiro de modo a combater os constantes descumprimentos de determinações legais e de cláusulas contratuais; estabelecer a tarifa reduzida fora do horário de pico, bem como ampliação da integração temporal, além de defender auditoria e transparência na planilha de custo.
