PPB: Seplan-cti intermedia acordo histórico entre fabricantes de ar-condicionado

Acordo histórico assinado
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Amazonas – Fabricantes do setor de condicionadores de ar do Polo Industrial de Manaus, um conjunto de 10 fabricantes que produzem cerca de 4 milhões de aparelhos/ano, acataram hoje (quarta-feira, 21 de outubro) a proposta do secretário de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação Thomaz Nogueira no sentido de manter inalterados os termos do atual Processo Produtivo Básico (PPB), as etapas obrigatórias de industrilização no PIM,  para esse segmento.

A polêmica no setor envolvia os fabricantes de produto final, que defendem maior utilização de insumos importados na produção, e os fabricantes intermediários que querem garantir o fornecimento exclusivo de componentes fabricados no mercado local no conjunto das etapas de industrialização do produto.

Os grandes fabricantes de condicionadores alegam que estão sentindo de forma intensa os reflexos da crise econômica, o que teria provocado queda de até 50% nas vendas e pedem flexibilidade para garantir o mínimo de competitividade na produção.

Já os fabricantes de componentes reclamavam da forte retração no seu segmento porque a indústria de bens finais estaria dando preferência aos similares importados (além de peças termoplásticas e metálicas, especialmente, embalagens e peças como cabos e chicotes elétricos) sobretudo da China.

Na reunião com os fabricantes de condicionador de ar (bens finais e intermediários), realizada nesta quarta-feira, na Seplan-CTI, o secretário Thomaz Nogueira propôs um consenso entre as partes, orientado pelas normas vigentes para esse setor.

“Já existe um PPB para a produção de condicionador de ar, que foi fruto de muita discussão, óbvio, que temos que ter flexibilidade para rediscutir, se for o caso, mas no momento de crise que vivemos seria mais conveniente assegurar o cumprimento das regras estabelecidas, não apenas no PPB, mas na legislação de incentivos estadual que estabelece a obrigatoriedade para embalagens”, afirmou. Segundo o secretário, o compromisso do Governo é o de estimular a competitividade das empresas e, ao mesmo tempo, promover o adensamento da cadeia produtiva como meio para garantir a geração de emprego e renda no mercado local.

Segundo Nogueira, o Governo vai fazer a verificação acerca do fiel cumprimento do PPB, especialmente na aquisição de embalagens e demais insumos no mercado loca. O não cumprimento do PPB, alertou o secretário pode provocar a perda de incentivos fiscais das empresas que não observam essas normas.

Representantes de 16 empresas se fizeram presentes na reunião, além do presidente do Conselho de Administração da  Associação Nacional dos Fabricantes de Eletroeletrônicos (Eletros), Armando Ennes do Valle Júnior, que também é vice-presidente de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Whirlpool Latin America, bem como Lourival Kiçula, presidente executivo da entidade e do presidente da Associação dos Fabricantes de Componentes do Amazonas (Aficam), Cristovão Marques Pinto, que representa as empresas produtoras de bens intermediários.

As duas partes concordaram em manter as operações de acordo com as normas do atual PPB. “Tivemos aqui um avanço muito grande no diálogo entre os segmentos que estavam em pé de guerra” avaliou Nogueira. Uma nova reunião de avaliação foi marcada para os próximos dois meses. Uma nova reunião de avaliação foi marcada para os próximos dois meses.

A produção de ar-condicionado no PIM é de aproximadamente 4 milhões de unidades por ano, em dez empresas, que somam um total de 14 marcas. São aproximadamente 15 mil empregos diretos e indiretos gerados pelo setor.

Revisão de incentivos –

Thomaz Nogueira fez questão de esclarecer que o Governo do Estado ainda não definiu os termos da  lei que vai efetivar a revisão de incentivos fiscais. “Não temos lei de incentivos pronta, não vamos enviar projeto à Assembléia Legislativa no apagar das luzes”, garantiu o secretário.

Codam aprova nova pauta de investimento –

Todos os 28 projetos industriais com investimentos estimados em R$ 537 milhões relacionados na pauta da 258ª reunião do Conselho de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Codam) foram aprovados. Os conselheiros também aprovaram projetos voltados para a  industrialização de produtos agropecuários, componentes, resinas e câmeras de televisão para uso em circuito fechado.

Segundo o secretário de Estado de Planejamento Thomaz Nogueira, embora represente menos de um terço do valor da pauta aprovado no mesmo período do ano passado, os novos investimentos são de extrema importância porque sinalizam a disposição das empresas de continuarem apostando no modelo de incentivos do Amazonas. “É muito fácil investir em situação favorável, então esses projetos são importantes sinalizadores de que temos condições de sair desse momento díficil de crise que atinge a todos”, avaliou Nogueira.

Amazonianarede-Secom

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