Porto Velho (RO) não alcança meta da campanha de vacinação

17-07vacinaO município de Porto Velho não atingiu a meta de vacinação prevista para o público-alvo que deveria receber a dose da vacina Influenza Trivalente, que imuniza contra as síndromes virais Influenza B, H1N1 e H3N2. A meta da campanha era de vacinar 79 mil pessoas mapeadas pelo Ministério da Saúde na Capital, no entanto somente 79% deste público compareceram aos postos de Saúde, o que abre chance para que as demais pessoas interessadas possam receber a dose da vacina a partir da próxima semana.

Elizeth Gomes, chefe da Divisão de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) explica que não há prorrogação da campanha de combate à gripe, mas as pessoas que se interessarem podem procurar as Unidades de Saúde, que serão aplicadas todas as doses até que seja finalizado o estoque. “Fora o público-alvo, chamamos a atenção de professores, policiais e pessoas com idade acima de 50 anos, no entanto se outros públicos tiverem interesse e houver a vacina nos postos de Saúde poderão ser imunizados”, detalha Elizeth.

Em Porto Velho, a meta prevista foi atingida por alguns grupos, como idosos e mães de recém-nascidos com até 45 dias (puérperas). O público de gestantes é o que mais preocupa: convocadas para comparecer às Unidades de Saúde no mês passado, quando 48% das gestantes previstas haviam recebido a dose da vacina, este número subiu, no mês de julho, para 62%, mas ainda não é satisfatório de acordo com Elizeth Gomes. Os pais de crianças com idade entre seis meses e cinco anos também podem solicitar a imunização, pois somente 72% foi imunizado. Outros dois públicos que ainda carecem de receber a dose da imunização, são de indígenas, 72% vacinados e estranhamente o grupo de trabalhadores em saúde, que neste caso 77% do previsto foram imunizados.

Elizeth Gomes explica que em relação ao público de indígenas, provavelmente a meta já deva ter sido alcançada, mas devido a campanha ser desenvolvida nas aldeias, o percentual só poderá ser atualizado quando as equipes voltarem de campo. “Acredito que até amanhã, este quantitativo deve ser atualizado”, afirma.

Mesmo sem nenhum caso de H1N1 registrado no último mês, a porta-voz da Semusa afirma que a preocupação maior quanto à imunização ainda é com as gestantes, pois nesta fase as mulheres apresentam a imunidade naturalmente mais baixa.

Unidades de Saúde em Porto Velho

A região urbana de Porto Velho possui 19 postos de Saúde, 18 na área rural, e em áreas que não possuem Unidades Básicas de Saúde, como reassentamentos (Joana Darc e Santa Rita, por exemplo), as equipes aplicam as vacinas aos finais de semana.

O público-alvo mapeado pelo Ministério de Saúde na região de Porto Velho consta de 79 mil pessoas, incluindo os casos de doenças crônicas, também chamadas comorbidades, como diabetes, hipertensão, doenças renais crônicas e respiratórias e neurológicas. Pessoas que apresentam estes quadros também podem procurar as Unidades de Saúde apresentando indicação médica ou documento que comprove acompanhamento destas doenças.

O mapeamento da população que possivelmente deve receber a vacina é baseado nos quadros que mais apresentaram internação ou procura médica com sintomas de gripe no ano anterior. A gestão pública não dispõe de vacina para toda a população. Fora as campanhas, dedicadas ao público-alvo, as pessoas interessadas podem ser imunizadas em clínicas particulares, ao custo médio de R$ 120,00.

Registros de H1N1 no Estado

Na região de Rondônia foram confirmados 13 casos de H1N1 este ano, nos municípios de Porto Velho (02), Machadinho do Oeste (01), Cacoal (01), Santa Luzia do Oeste (01), Buritis (01), Vilhena (01), Jaru (01) e cinco casos em Comodoro, na região de Mato Grosso, mas que foi contabilizado aos casos registrados no Estado devido à proximidade desta localidade ao município de Vilhena.

Dos 13 casos de H1N1 confirmados, quatro tiveram os sintomas agravados levando as vítimas a óbito, em Machadinho do Oeste, Vilhena e duas mortes em Comodoro/MT.

Segundo Arlete Baldez, diretora da Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa), de janeiro até o final do mês de junho foram enviadas 98 amostras para análise, sendo 13 positivos, 51 negativos e 34 aguardam resultado.

Por: Mineia Capistrano – Repórter do Diário da Amazônia – Foto: Roni Carvalho

 

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