Por doping, Jamaica de Bolt perde ouro olímpico e Brasil herda bronze

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A informação foi divulgada nesta quarta (25) pelo Comitê Olímpico Internacional.

Internacional – A equipe masculina do Brasil que disputou o revezamento 4×100 m na Olimpíada de Pequim-2008 herdou a medalha de bronze após uma punição dada a um dos atletas da campeã Jamaica, Nesta Carter, que testou positivo em uma nova análise antidoping. O caso já estava sendo investigado.Brasil, quarto colocado naquela prova era representado por Vicente Lenilson, Sandro Viana, Bruno Barros e José Carlos Moreira, o Codó, que agora se tornam medalhistas de bronze. O ouro foi para Trinidad e Tobago. A prata para o Japão.

É o segundo bronze que o Brasil herda de Pequim-2008.O outro também foi no atletismo e no revezamento 4×100 m feminino. No caso, a equipe russa teve uma atleta eliminada.

Brasil ganha, Bolt perde

Com a punição de Carter, o jamaicano Usain Bolt, que fazia parte daquela equipe, perde seu recorde de nove ouros olímpicos em nove provas disputadas, estabelecido na Rio-2016.

Em Pequim-2008, Londres-2012 e no Brasil, Bolt, 30, conquistou o ouro nos 100 m, 200 m e 4×100 m. Agora, passa a somar oito medalhas.

Carter, 31, que testou positivo para a substância proibida metilhexaneamina, também fez parte do time que venceu o evento em Londres e ajudou a Jamaica a vencer o Campeonato Mundial em 2011, 2013 e 2015.

A amostra de Carter foi uma das 454 selecionadas para serem testadas novamente pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) no ano passado.

Resultado já era aguardado

Segundo a BBC, Carter fez um teste na noite da final dos 4×100 m em Pequim-2008, mas não foram apontados problemas. Mais de 4.500 testes foram realizados naqueles Jogos, com nove atletas descobertos.

Um problema na amostra de Carter, no entanto, foi encontrado após a decisão do COI de refazer os testes de Pequim utilizando uma tecnologia mais avançada.

Tanto o atleta quanto o Comitê Olímpico da Jamaica foram comunicados em maio de 2016 e avisados de que seria realizado teste em outra amostra de Carter.

À época, a Reuters afirmou que na primeira amostra havia sido encontrada metilhexanamina, que está na lista de substâncias proibidas da Agência Mundial Antidoping (Wada) desde 2004.

A metilhexanamina foi reclassificada em 2011 para “substância específica”, o que significa que em alguns casos pode suscitar explicações cabíveis de não doping.

Vendida como um descongestionante nasal nos Estados Unidos até 1983, a substância, no entanto, tem sido mais usada recentemente como um suplemento alimentar.

Em junho, Bolt afirmou que devolver a medalha seria doloroso. “Durante anos você trabalha duro para acumular medalhas de ouro, mas uma dessas coisas… Estou mais preocupado com o atleta e espero que ele supere isso”, disse Bolt ao jornal “Gleaner Jamaica”

Além de Carter, o COI divulgou também a punição da russa Tatiana Lebedeva, 40, que também em Pequim foi prata no salto triplo e no salto em distância, prova vencida pela brasileira Maurren Maggi .

Amazonianarede-Estadão

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