Manaus, AM – A população volta a ser prejudicada com a greve parcial dos rodoviários, com a retirada de grande parte coletivos de circulação, nesta segunda-feira.
Linhas de pelo menos duas empresas, que atuam na Zona Norte e Oeste de Manaus, deixaram de circular na manhã desta segunda-feira (11). A paralisação contraria a decisão da Justiça que determinava a circulação de 100% da frota na capital.
De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram), mais de 40 mil usuários são atendidos pelas linhas da empresa que atua na Zona Norte.
Até às 6h cerca de 10 coletivos da Líder – que deveriam começar a circular às 4h – saíram da garagem. A empresa atua com 21 linhas.
Parte dos ônibus da empresa Via Verde, localizada na Zona Oeste, também deixou de circular. Motoristas e cobradores cruzaram os braços na frente das empresas.
O representante do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários de Manaus (STTR), Bruno Jean foi até a garagem da Lider. “Quando cheguei aqui os funcionários se negaram. Eles alegam que existem casos repetidos de descontos, demissão por justa causa e outras ilegalidades. Depois de muita negociação, consegui fazer alguns [coletivos] saírem, mas o restante disse que não vai trabalhar”.
Polícia Militar (PM) foi acionada e enviou equipe até a garagem, localizada no Núcleo 15 do bairro Cidade Nova. Equipes também foram enviadas para acompanhar saídas dos coletivos nas garagens de outras empresas da capital.
Paralisação anunciada
Rodoviários de Manaus tinham decidido em assembleia paralisar 100% da frota de ônibus nesta segunda-feira.
A decisão unânime ocorreu após reunião entre servidores da categoria e o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Manaus (STTRM), no fim da tarde da quinta-feira (7).
A categoria reivindica o pagamento do reajuste salarial de 8%, autorizado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
Determinação
A Justiça acolheu, no domingo (10), o pedido de tutela de urgência da Defensoria Pública do Amazonas para impedir a paralisação do serviço de transporte coletivo, sob pena de multa diária.
O juiz Diógenes Vidal Pessoa Neto fixou multa de R$ 50 mil para cada empresa por dia de descumprimento ou por tentativa de subverter a decisão.
Na sexta-feira (8), a Justiça do Trabalho havia determinado que 70% da frota do transporte coletivo de Manaus operasse em horário de pico e apenas 30% do total de veículos paralisados durante a greve.
A reportagem tentou contato telefônico com a presidência do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários de Manaus (STTR) e aguarda posicionamento sobre a paralisação.
Amazoianarde-Bom Dia Amazonia