Polícia Civil caminha para greve em Rondônia; PMs já reclamam

Porto Velho – A Polícia Civil está a um passo de declarar greve por tempo indeterminado, conforme anunciou no mês passado, quando concedeu prazo para que o governo estadual respondesse a uma pauta de reivindicações que ficou pendente. A proposta do Pode Executivo, segundo policiais ouvidos ontem, é pior que o esperado, pois impõe a redução de salários em todos os setores da PC.

O anúncio oficial só será feito nesta quarta-feira, quando termina o prazo dado pelo sindicato dos servidores – Sinsepol ao governo. A proposta foi apresentada durante reunião na Secretaria Estadual de Administração (Sead) e, segundo os policiais, reduz os salários de 30 a 40%, o que praticamente sacramenta a greve da Policia Civil.

Uma programação feita pelo sindicato prevê que a partir de amanhã, apenas ocorrências de crimes hediondos, homicídios e acidentes de transito com vitima fatal serão realizadas em todo o estado. Serviços de identificação, IML, perícia, registro de ocorrências e atendimento nas delegacias estarão suspensos.Não funcionarão também os serviços de investigação e perícia, entre outros. O presidente do Sindicato dos Peritos Criminais (Sinpec), Edson Rigoli Gonçalves, diz que as proposta negociadas pelos sindicatos foram desvirtuadas e que o resultado apresentado pelo governo afeta principalmente a tabela de valores dos vencimentos.

“Os policias civis foram surpreendidos. A redução nos salários será de 35 a 40%. Em alguns casos, o valor vai além disso, porque a isonomia dos servidores antigos é maior. A Procuradoria Geral do Estado (PGE) não reconhece o direito de isonomia”.

Não cumpriu Rigoli acrescenta que o plano de cargos e salários, que deveria ser analisado pelo governo não evoluiu. ?Só tivemos prejuízo com a proposta do governo. O estado vai ficar em uma situação difícil, há rumores de que os policiais militares também podem entrar em greve, se isto ocorrer haverá Força Nacional que dê jeito”, concluiu.

Denúncia – A Associação dos Praças e Familiares da Policia e Bombeiro Militar externou indignação quanto ao tratamento dado aos policiais militares que estão cumprindo os trabalhos dos agentes penitenciários, que estão em greve há duas semanas. A entidade denunciou que que os policiais cumprem plantões de mais de 13 horas no seu período de descanso e que não e recebem alimentação adequada. Uma assembleia geral será realizada nos próximos dias para debater o problema e também pode resultar em paralisação no âmbito da PM.

(Estadão do Norte) 

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