
Roraima – No município de Mucajaí, uma das regiões mais afetadas com a estiagem que atinge Roraima, piscicultores relatam prejuízos devido aos açudes que secaram por causa de um mês sem chuvas. O produtor José Ferreira lembra que perdeu mais de mil peixes
Segundo ele, todos os tanques da propriedade já estão sem água. “Tinha bastante peixe no açude pequeno, mas não deu para aproveitar.
Morreu um bocado, tirei outros e aí acabou tudo. Foi muito prejuízo”, relata, ressaltando que veio do Nordeste há 60 anos para fugir da seca. “Estou esperando que chova, ainda não perdi a esperança”, frisa ele. Agricultores de Mucajaí também falam sobre as perdas devido à falta de chuva.
Na propriedade de Maria de Fátima, a água teve de ser racionada para as atividades domésticas e para o gado, enquanto os pés de laranja e outras plantações começaram a secar. “Dá uma dor muito grande no coração. A vontade que a gente tem é parar por aqui, porque trabalha tanto para se ver nessa situação”, desabafa a agricultora que não sabe mais a quem recorrer.
Na vila Serra Dourada, também em Mucajaí, os moradores não têm o serviço de abastecimento de água encanada e os poços das casas secaram. “Está todo mundo cavando mais para ver se aparece água”, diz a agricultora Maria Gorete. Estado de
Emergência
Mucajaí é um dos municípios que constam do estado de emergência decretado pelo governo do estado devido à forte estiagem. Iracema, Alto Alegre e Amajari enfrentam a mesma situação.
O problema foi constatado após o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil fazerem um levantamento nas regiões e verificarem a falta de água para o consumo animal e, em alguns locais, como em Amajari, a escassez de água para o consumo humano.
Para reforçar o trabalho do Corpo de Bombeiros em Roraima e evitar que ocorram queimadas devido ao clima seco, oficiais e praças do Amazonas chegaram a Boa Vista na sexta-feira (20). Caminhões-pipa e de logística, uma autobomba tanque, motocicletas e equipamentos darão suporte para impedir os focos de incêndio.
Amazonianarede-G1-RR