Pior rodovia do país liga Belém ao Tocantins

(Foto: Setran – Divulgação)

A pior ligação rodoviária do Brasil é formada, em sua maioria, por rodovias do Pará. A campeã é a Belém/Guaraí (Tocantins), em toda sua extensão, incluindo os trechos das rodovias estaduais PA-150, PA-151, PA-252, PA-287, PA-447, PA-475 e PA-483, além da BR-222 e TO-336.

A segunda pior do Brasil é o trecho da BR-222, entre Marabá e Dom Eliseu. Esses dados fazem parte da Pesquisa CNT de Rodovias 2013, elaborada há 17 anos pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT).

A PA-150, por exemplo, em toda sua extensão de 460 quilômetros é considerada ruim. A pior rodovia no Estado, com classificação péssima é a BR-155 em seus 345 quilômetros de extensão. Nenhuma rodovia estadual conseguiu ser considerada boa pelos técnicos da CNT.

O Pará possui uma malha rodoviária com 10.895 quilômetros, dos quais foram avaliados 2.614 kms, sendo 1.957 quilômetros federais e 657 estaduais. Nas estradas estaduais, 92,4% estão em estado péssimo, ruim ou regular.

Ao todo, 34% das rodovias paraenses estão em péssimo estado de conservação. Outros 37,8% dos trechos rodoviários foram considerados ruins. É a pior avaliação do Brasil. As consideradas boas para trafegar somam apenas 5,2%, um contraste com o estado de São Paulo, que tem 57,3% de seus trechos considerados ótimos e 24,9% bons.

Piora

Segundo a pesquisa, o estado geral das rodovias brasileiras teve uma piora no último ano: 63,8% da extensão avaliada apresentam alguma deficiência no pavimento, na sinalização ou na geometria da via. Em 2012, o índice havia sido de 62,7%. Também aumentaram os pontos críticos, passando de 221 para 250. São considerados pontos críticos situações que trazem graves riscos à segurança dos usuários, como erosões na pista, buracos grandes, quedas de barreira ou pontes caídas.

Em relação à sinalização, 67,3% da extensão pesquisada apresentam algum problema. No ano passado, o percentual era de 66,2%. O pavimento tem alguma deficiência em 46,9% do total avaliado. Em 2012, o índice era 45,9%. E em relação à geometria, o percentual da extensão que não se encontra favorável passou de 77,4% para 77,9%. Conforme o estudo, a maior parte da extensão pesquisada (88%) é formada por pistas simples e de mão dupla e 40,5% do total avaliado não possuem acostamento.

Esta é a 17ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias e foram avaliados 96.714 km em 30 dias de coleta em campo. São pesquisadas toda a malha federal pavimentada e as principais rodovias estaduais. 

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