PF realiza operação em endereços do Rio para apreender joias de Adriana Anselmo

Adriana Anselmo e Cabral´os, nos bons tempos, exbiindo sua ricas joias

Rio – A Polícia Federal (PF) compre mandados de busca e apreensão, nesta sexta-feira (23), em endereços da ex-primeira dama do Rio de Janeiro, Adriana Anselmo. Os agentes buscam joias que pertencem a ela em buscas complementares ligadas à Operação Lava Jato.

Os alvos dos mandados são um apartamento onde vive a ex-governanta de Adriana, Gilda Maria de Souza Vieira da Silva, e um prédio onde mora a irmã da ex-primeira dama Lucia Ancelmo Mansur. O objetivo é apreender 149 joias de um total de 189, que teriam sido compradas para lavar dinheiro. Adriana e seu marido, o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, gastaram mais de R$ 11 milhões em joalherias. As peças procuradas seriam provas do crime.

Sentenças

Adriana foi presa no ano passado e passou para a prisão domiciliar em março. Hoje, ela está no apartamento em que morava com o marido. Ela foi acusada de lavagem de dinheiro e corrupção, mas foi absolvida em 13 de junho pela pela Justiça Federal, em Curitiba. O Ministério Público Federal (MPF) já apresentou nova denúncia.

Na mesma sentença, o juiz federal Sérgio Moro condenou Sérgio Cabral a 14 anos e 2 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A pena inicial deve ser cumprida em regime fechado. Esta foi a primeira condenação do ex-governador.

Sérgio Cabral

Sérgio Cabral está preso desde novembro do ano passado, na Operação Calicute. No dia 19 de junho, o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, aceitou a 11ª denúncia feita pelo MPF contra o ex-governador. Também tiveram as denúncias aceitas a ex-primeira-dama Adriana Ancelmo, além dos assessores Luiz Carlos Bezerra e Carlos Miranda, por lavagem de dinheiro cometida com a compra de joias em espécie, sem nota fiscal ou certificação nominal.

O casal comprava as joias e os dois assessores, que funcionavam como operadores financeiros, entregavam o dinheiro correspondente às peças vendidas pela joalheria H.Stern, sem a emissão de notas fiscais. As joias e pedras preciosas compradas são avaliadas em R$ 4,5 milhões.

A denúncia é assinada por nove procuradores da Lava Jato no Rio de Janeiro e aponta que a finalidade da organização criminosa era converter o dinheiro recebido a título de propina em ativo lícito, além de ocultar o real proprietário do bem.

Bretas frisou em sua decisão que verifica-se, na denúncia, estarem delineadas a autoria e a materialidade dos crimes de lavagem de dinheiro, a partir dos depoimentos dos proprietários e funcionários da joalheira H. Stern, que firmaram acordo de leniência. “Assim, a presente ação deve ser admitida, porquanto ausentes as causas de rejeição, razão pela qual recebo a denúncia”, escreveu o magistrado.

O governador Luiz Fernando Pezão, que estava arrolado para depor como testemunha de defesa de Cabral, na próxima quarta-feira (21), desistiu de comparecer, o que foi aceito por Bretas.

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