A estatal, no entanto, continua esperançosa de que atingirá a meta de 2,02 milhões de barris/por dia estabelecida para 2012. Em teleconferência com analistas nesta segunda, o diretor financeiro da empresa, Almir Barbassa, garantiu que o patamar será alçado.
Em nota, a empresa explica que a recuperação virá de uma nova plataforma no litoral capixaba. “Em setembro entrou em operação o FPSO Cidade de Anchieta, no campo de Baleia Azul, no litoral do Espírito Santo. Essa nova plataforma tem capacidade para produzir até 100 mil bpd quando atingir o seu pico de produção, nos próximos meses”, destacou o texto.
“As paradas programadas da P-52 no campo de Roncador e P-19 no campo de Marlim, iniciadas em agosto, foram os principais motivos dessa queda”, justificou a empresa. A produção nacional de gás natural da estatal – que não considera o gás liquefeito de petróleo – atingiu 60,343 milhões de metros cúbicos em setembro, com alta de 0,3% ante agosto.
Já a produção total de petróleo e gás da Petrobras, que inclui não só o Brasil, mas também as plantas do exterior, atingiu 2,472 milhões de barris/dia em óleo equivalente em setembro.
Ineficiência
“A Petrobras tem problemas de ineficiência associados às plataformas da bacia de Campos”, admitiu nesta segunda-feira o diretor de Exploração e Produção da companhia, José Formigli, em teleconferência. Segundo ele, sem um projeto de eficiência em Campos, a estatal teria perdido uma produção de 16,7 mil barris por dia.
Dificuldades
A estatal luta para retomar o vigor na extração de petróleo e gás. De acordo com informações do balanço referente ao terceiro trimestre de 2012, divulgado na sexta-feira passada, a produção total somou 2,523 milhões de barris diários no período, o que representa uma retração de 2,2% ante igual intervalo do ano anterior. Em relação ao segundo trimestre de 2012, o indicador apresentou retração de 2,1%.
Quando considerada apenas a produção nacional, o indicador teve retração de 2,2% no trimestre, ante o mesmo intervalo de 2011, somando 2,281 milhões de barris diários. Na comparação com o segundo trimestre, o desempenho doméstico foi 2% menor.
Segundo a Petrobras, houve redução de “3% na produção de petróleo e LGN devido à realização de paradas para manutenção em plataformas e ao declínio natural da produção compensados principalmente pelo aumento de produção do campo de Lula, pelo início de produção do campo de Baleia Azul e pelo menor volume de perdas operacionais”.
Valor
O preço médio do petróleo vendido pela Petrobras no Brasil subiu 4% em dólares e 22% em reais no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2011, de acordo com dados da apresentação de resultados realizada pela companhia nesta segunda-feira.
O diretor financeiro da empresa, Almir Barbassa, disse que o mercado de derivados de petróleo continua crescendo no país devido à baixa competitividade do etanol frente à gasolina.
(com Estadão Conteúdo e Reuters)