Petistas discordam de declaração e mudanças feitas por Haddad

A senadora Gleisi, presidente do PT, discorda quanto à declaração do presidenciável Haddad sobre Sérgio Moro

Brasil – Parlamentares petistas discordam dos novos rumos que o candidato Fernando Haddad (PT) deu à campanha para tentar eleição à Presidência da República. Haddad mudou o programa do partido e fez concessões com as quais correntes dentro do PT não apoiam.

O pingo d’água foi a declaração do presidenciável petista a favor do juiz Sérgio Moro. Haddad afirmou: “Em geral, Sérgio Moro fez um bom trabalho”. No entanto, o petista acrescentou achar que a sentença do ex-presidente Lula da Silva foi um erro, a qual, segundo Haddad, será corrigida pelos tribunais superiores. Lula foi condenado a mais de nove anos de prisão por Sérgio Moro. Depois essa sentença foi ampliada para 12 anos.

Entre os petistas que discordam da nova rota que Haddad está dando à campanha, e mesmo às concessões feitas para tentar angariar mais votos, está a senadora Gleisi Hoffmann ao afirmar que Sérgio Moro errou no processo de Lula, pois, segundo ela, não há provas contra o ex-presidente petista.

A senadora também acusa o juiz de Curitiba de politizar o processo ao divulgar a delação premiada do também petista e ex-ministro de Lula, Antonio Palocci, conforme matéria publicada no site UOL.

Leia mais no UOL em Declaração de Haddad

Discordam, mas nem tanto

O deputado federal Carlos Zarattini (PT/SP) ao se referir à declaração de Fernando Haddad sobre Sérgio Moro, alega que o PT “reconhece a Justiça de uma forma geral” e vai mais longe ao afirmar que “somos contra a corrupção”. Zarattini acrescenta: “Tudo o que Moro está fazendo é com base em medidas que aprovamos”, se referindo ao PT.

Outro deputado federal que discorda das medidas de Haddad é Paulo Pimentel (PT/RS). Para ele, a declaração do  presidenciável petista sobre o juiz Moro “está meio descontextualizada.”

Entre as mudanças implementadas por Haddad está a substituição do vermelho pelas cores da bandeira nacional no material de campanha, assim como concessões de pontos que estavam na versão do programa de governo substituído junto ao TSE. Ele agora defende mais controle nas estatais, assim como deixou de lado a descriminalização das drogas e do aborto, esta última uma pauta importante para sua vice, Manuela D’Ávila (PCdoB).

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