Paz na Colômbia deverá beneficiar o Amazonas

O acordo assinado entre a Colombia e a

 

O acordo assinado  entre a Colombia e a
O acordo assinado entre a Colombia e as Farc, poderá ser boa para o Amazonas… 

Amazonas – O governo colombiano e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) anunciaram nesta quinta (23), em Havana, o consenso sobre um dos pontos mais importantes do acordo de paz que vêm negociando há três anos: o que define a logística do fim do conflito.

Na avaliação dos empresários amazonenses, o acordo poderá beneficiar o Amazonas como um incentivo às exportações que a partir de agora terão reforço na segurança durante o transporte de mercadorias.
De acordo com o gerente executivo do CIN-Fieam (Centro Internacional de Negócios da Federação da Indústria do Estado do Amazonas), José Marcelo Lima, o consenso resultará em maior segurança ao transporte de produtos que saem do Amazonas em direção à Colômbia e à Venezuela.

Ele explica que as exportações para os países vizinhos acontecem por meio da BR-174 e que a atuação das Farc, até então na área de fronteira entre Colômbia e Venezuela, deixará de representar insegurança.

Benéfico para todos

“A assinatura  de um acordo de paz será benéfica para todos os países, ao governo brasileiro, ao colombiano e ao venezuelano. O consenso representará um melhor relacionamento entre os países e principalmente a segurança, que um fator fundamental no transporte rodoviário. O problema estava na passagem pela fronteira”, destacou.

“As exportações para a Colômbia continuarão acontecendo, mas não podemos afirmar que esse acordo poderá impulsionar a compra de produtos do Amazonas. O aumento das exportações acontece em função da demanda do mercado”, completou.

Esse item inclui o cessar-fogo bilateral, a entrega de armas por parte da guerrilha e a definição das zonas de segurança onde transitarão os ex-guerrilheiros antes de voltar à vida civil.

O anúncio é um passo decisivo na direção da assinatura final do acordo, cuja ideia do governo e das Farc é que se dê entre o final de julho e o começo de agosto.

“É um dia importante para a América e para a Colômbia. Num mundo assolado pela guerra, o processo de paz na Colômbia valida a perseverança de todos aqueles que lutam para terminar conflitos violentos por meio de soluções conciliatórias e de diálogo”, disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, parte em espanhol e parte em inglês.

Nesta quinta (23), ambas as partes anunciaram também que a aprovação do acordo por parte do povo colombiano será feita através de um plebiscito  -que deve ocorrer de dois a três meses após a assinatura do acordo.

Estiveram presentes  à cerimônia o presidente colombiano Juan Manuel Santos, o ditador cubano Raúl Castro e o líder das Farc, Rodrigo Londoño, o “Timochenko”.

Também assistiram à cerimônia como países acompanhantes do processo os mandatários do México, Enrique Peña Nieto, do Chile, Michele Bachelet, e da Venezuela Nicolás Maduro, além de representantes dos EUA e da União Europeia.

Entrega de armas

Com relação ao cessar-fogo, ficou decidido que acontecerá num prazo de 180 dias após a assinatura do acordo. Já a entrega das armas se dará de forma gradual, em três momentos, também no mesmo prazo.

...Pelo menos  isso, e o que pensam os empresários
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Para isso, o governo, em contrapartida, se comprometeu a garantir a segurança dos ex-guerrilheiros contra seus grupos rivais (ex-paramilitares, milícias inimigas) assim que termine o conflito.

Foram definidas também 23 zonas de transição e oito acampamentos, onde os ex-guerrilheiros poderão ter a segurança garantida enquanto é estabelecido o modo como serão julgados e passem por um processo de reintegração à vida civil. Os ex-integrantes só poderão sair dessas zonas desarmados. “O processo de paz não  terá volta atrás.

A paz será a  vitória de toda a Colômbia e de toda nossa América”, disse Raúl Castro logo depois de assinar o documento. Cuba, assim como a Noruega, foram países de garantia do processo de paz. Ban Ki-moon pediu perseverança no que falta por negociar daqui até o fim das negociações.

Amazonianarede-Jornal do Commercio

 

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