Papa pede que jovens levem Jesus às “periferias existenciais”

Rio – A homilia final do papa Francisco na missa de envio da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) deixou um pouco de lado o cunho social para se voltar ao aspecto religioso do lema do evento: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações”.

O Pontífice pediu que os jovens não tenham medo da missão que Jesus ordena a cada um deles. “É uma ordem, sim, mas que não nasce da vontade de domínio ou de poder, mas nasce da força do amor”, afirmou Francisco, pedindo atenção especial para os jovens do Brasil e da América Latina.

Mesmo com foco na religião, o papa Francisco não deixou de inserir o contexto social em suas palavras, pedindo aos jovens que levem Cristo a todos os ambientes. “Até as periferias existenciais, incluindo a quem parece mais distante, mais indiferente”, disse, pedindo que a união demonstrada por eles durante a JMJ não se perca a partir de amanhã. “Jesus não chamou os Apóstolos para viverem isolados, chamou-lhes para que formassem um grupo, uma comunidade”, afirmou, advertindo aos sacerdotes que não deixem de estar lado a lado com a juventude.

Ele desafiou os jovens a partilhar a experiência vivida no Rio de Janeiro durante esses dias de JMJ na volta para casa, dizendo que a missão não tem fronteiras nem limites. “A experiência desse encontro não pode ficar trancafiada na vida de vocês ou no pequeno grupo da paróquia, do movimento e da comunidade de vocês. Seria como cortar o oxigênio a uma chama que arde”, afirmou, lembrando como exemplo de missão o beato José de Anchieta e citando o profeta Jeremias, que disse que não é preciso temer o desafio. “Alguém poderia pensar que não está preparado. Mas Deus responde: não tenham medo, pois estou contigo para te defender.”

No fim, o Papa abriu as portas da Igreja para o serviço ao próximo, para uma nova Igreja. “Evangelizar significa testemunhar pessoalmente o amor de Deus, significa superar os nossos egoísmos, significa servir, inclinando-se para lavar os pés dos nossos irmãos, tal como fez Jesus”, disse, deixando claro o novo estilo que quer da Igreja Católica. “Para construir um mundo novo, é preciso levar a força de Deus para devastar e derrubar as barreiras do egoísmo, da intolerância e do ódio; e também para extirpar e destruir o ódio e a violência”, afirmou.

(Terra) 

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