Onça-pintada resgatada baleada após horas nadando em rio no AM é macho com cerca de dois anos, diz governo

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Equipe de veterinários cuida de onça encontrada baleada no Rio Negro, em Manaus. — Foto: Divulgação

Exame de raio-X revelou que o felino foi atingido por disparo de arma de caça e tem mais de 30 estilhaços espalhados pelo rosto, cabeça e pescoço. Animal segue internado em Manaus.

A onça-pintada resgatada após passar horas nadando no Rio Negro, em Manaus, é um macho com cerca de dois anos de idade e pesa 58 kg, segundo a Secretaria de Estado de Proteção Animal (Sepet). O animal está internado e segue sob observação veterinária.

O resgate ocorreu na última quarta-feira (1º), depois que passageiros de uma embarcação avistaram a onça tentando atravessar o Rio Negro. De acordo com testemunhas, o animal parecia desnorteado e sem forças.

A operação de resgate mobilizou a Sepet, o Batalhão Ambiental, o Laboratório de Interações Fauna e Floresta da Universidade Federal do Amazonas (LaIFF/Ufam) e a equipe de apoio da deputada estadual Joana Darc (União-AM).

Um exame de raio-X revelou que o animal foi atingido por um disparo de arma de caça e tem mais de 30 estilhaços espalhados pelo rosto, cabeça e pescoço. O felino também apresenta dentes quebrados, ferimentos visíveis e sinais de debilidade intensa. Apesar disso, o estado de saúde é considerado estável.

Segundo a Sepet, a estimativa de idade foi feita com base nas medições realizadas no centro cirúrgico, logo após o resgate. O órgão explicou que não é possível determinar a idade com precisão, mas que os exames indicam que o animal tem aproximadamente dois anos, com margem de erro de até dois anos para mais. A análise foi feita por veterinários, em conjunto com a equipe do órgão.

Após os primeiros cuidados em uma clínica de Manaus, o felino foi transferido para o Zoológico do Tropical, na Zona Oeste.

Ao g1, o diretor do zoológico e biólogo especialista em animais silvestres, Nonato Amaral, explicou que a onça segue em observação e que a equipe aguarda a primeira defecação do animal. O material será enviado para análise em parceria com o Laiff/Ufam para tentar simular o que pode ter acontecido antes do ataque a partir da última alimentação do animal em ambiente selvagem.

Ainda não há definição sobre o destino da onça após a recuperação. Entre as possibilidades estão o Centro de Instrução de Guerra na Selva (Cigs) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Segundo os órgãos envolvidos, a prioridade é garantir a recuperação total do animal e, se possível, devolvê-lo à natureza.

amazonianarede
Por Sabrina Rocha, g1 AM Portal d24am

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