Argentina – Os argentinos vão às urnas no próximo domingo (25) para eleger um novo presidente após 12 anos de um projeto de centro-esquerda iniciado pelo falecido Néstor Kirchner em 2003 e levado adiante por sua esposa, Cristina Kirchner, em 2007. A eleição se define no primeiro turno se o primeiro colocado tiver mais de 40% dos votos e mais de 10 pontos percentuais a mais que o segundo, ou simplesmente 45% dos votos.
Inflação elevada, estagnação da economia, pobreza e segurança são alguns dos principais problemas que deverá enfrentar o próximo presidente da Argentina, segundo análise da agência Reuters.
Além do novo presidente, os argentinos votam para eleger 11 governadores e renovar metade da Câmara dos Deputados e um terço do Senado. Também votam pela primeira vez nos parlamentares do Mercosul.
Perfil dos principais candidatos
O candidato apoiado pela presidente argentina, Cristina Kirchner, é o favorito na disputa pela Casa Rosada — as pesquisas indicam que ele pode eventualmente ganhar já no primeiro turno, já que tem ao redor dos 40% nas pesquisas. Scioli promove uma “agenda nacional do desenvolvimento”. Ele defende baixar a inflação a um ritmo de 5 pontos percentuais por ano para alcançar nível de um dígito em 4 anos, diminuição de impostos para exportação de grãos e implementação nacional de forças policiais locais que complementam a polícia da província.
Colaborou com peronistas das mais diferentes tendências, desde o liberal Carlos Menem ao falecido Néstor Kirchner. Entrou para a política através de Menem quando já era conhecido no país por sua atividade como piloto de corridas de barco, esporte no qual chegou a ganhar um campeonato mundial após perder seu braço direito em um grave acidente.
Macri se apresenta como o candidato da mudança e aposta suas fichas no segundo turno. O conservador defende a abertura de investimentos estrangeiros, a diminuição da inflação para um dígito em dois anos e o levantamento dos limites das exportações do setor agropecuário. Também diz que vai criar uma agência nacional contra o crime organizado e desenvolver um sistema de estatísticas criminais.
Acusado de formação de quadrilha em um caso de espionagem ilegal, Macri tentou fazer com que a justiça argentina suspendesse o processo durante a campanha, mas não conseguiu. Filho de um conhecido empresário, sua passagem à política aconteceu também após se tornar uma figura conhecida no âmbito esportivo: foi presidente do Boca Juniors.
O ex-chefe de gabinete de Kirchner passou à oposição de centro-direita. Em sua campanha declarou “guerra ao narcotráfico” e propõe uma lei de segurança que permite às forças armadas, Exército e Marinha reforcem as fronteiras e atuem nos bairros mais carentes em que há tráfico. Também diz que construirá mais prisões e criará um conselho federal de segurança.
Massa promete aumentar as aposentadorias e melhorar os salários com a eliminação de impostos, mas por sua vez adverte que retirará os planos sociais “dos vagabundos”.
Outros candidatos Outros três candidatos disputam a presidência com poucas chances, segundo as pesquisas: Margarita Stolbizer (Progressistas), única mulher a disputar a presidência nestas eleições; Nicolás del Caño (Frente de Esquerda) e o ex-presidente interino (em 2001) Adolfo Rodríguez Saá (Peronismo Federal).
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