Navio hidroceanográfico chega ao Amazonas para mapear rios

Os rios serão mapeados pelo NHoFlu
Os rios serão mapeados pelo NHoFlu
Os rios serão mapeados pelo NHoFlu

MANAUS – O terceiro navio que mapeará o leito dos rios por meio do projeto Cartografia da Amazônia, o Navio Hidroceanográfico Fluvial (NHoFlu) ‘Rio Branco’ chegou em Manaus na quarta-feira (1). A embarcação que mapeará as vias fluviais do Estado foi recebida pelo Ministro da Defesa, Jacques Wagner; pelo vice-governador do Estado, Henrique Oliveira; o Comandante da Marinha, Almirante-de-Esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira; entre outras autoridades. 

Com as cartas náuticas, ou seja, um mapeamento dos rios, é possível navegar por caminhos mais curtos e seguros, de acordo com o comandante Leal Ferreira. “Coletamos tanto dados oceanográficos, com as características da água, características físicas, como o fundo, qual a profundidade do rio, o formato do fundo. Com isso a gente tem um mapa do rio, que permite que quem está em cima consiga navegar com segurança”, explicou.

 

Segundo o encarregado do serviço de sinalizações náuticas do noroeste, o capitão de fragata Marcelo Oro, boa parte do levantamento de dados sobre os rios da região já foi realizado, como no rio Solimões. “Com esse navio não só vamos dar prosseguimento a parte hidrográfica, como também a de coleta de dados ambientais. Os outros navios não tem essa capacidade”, afirmou. Outros dois navios menores, batizados de ‘Rio Nedro’e ‘Solimões’, já realizam a tarefa de mapeamento dos rios da região. Um total de 30 tripulantes compõem a equipe que permanecerá no navio para realizar o serviço.

O navio é subordinado ao Serviço de Sinalização Náutica do Noroeste (SSN-9) do Comando do 9° Distrito Naval (Com9ºDN) na capital amazonense. A cerimônia de chegada aconteceu no Cais da Estação Naval do Rio Negro, localizado na BR 319, Km 4,5, Distrito Industrial de Manaus.

marinha-navio-hidrografico-02Investimento em segurança

“Esse é um navio moderno, para hidrografia e pesquisa. É um investimento de 50 milhões de reais, com 70% de conteúdo nacional, construído no Ceará e que seguramente se incorpora aos outros navios hidroceanográficos menores que tem como missão fazer toda a cartografia e também pesquisa na bacia hidrográfica do Amazonas, que é a maior do mundo”, declarou o Ministro da Defesa, Jacques Wagner.

De acordo com o ministro, o uso das cartas náuticas ajuda a transformar os rios em estradas navegáveis com segurança. “Isso se faz com cartografia e esse navio tem os equipamentos mais modernos, de forma que possa prestar esse serviço ao povo brasileiro e da Amazônia. Tenho certeza que vai desvendar alguns mistérios nossos”, assegurou.

Segurança é também a maior preocupação do Governo, segundo o vice-governador do Amazonas, Henrique Oliveira, para que também haja melhoria na qualidade de vida de quem navega em águas amazonenses. “Com esse instrumento que a Marinha hoje traz para o Amazonas, nós teremos condições de fazer a sinalização de rios, como o Solimões e Amazonas, que são rios mais novos e precisam disso porque mudam constantemente. Isso traz, acima de tudo, o transporte para os nossos caboclos, a chegada de uma mercadoria mais barata, o atendimento a saúde, entre outros serviços”, disse.

marinha-navio-hidrografico-03BR-319

O ministro da Defesa, Jacques Wagner, comentou ainda que apesar da revitalização da BR-319 ser necessária para o desenvolvimento do Amazonas, a rodovia não conseguirá substituir as hidrovias do Estado. “A BR, evidentemente, é necessária e será feita. Estamos em um ano de aperto, mas ela será feita para o povo da Amazônia. Agora, não é o transporte de carga mais barato, nem o mais ecologicamente correto do que o transporte hidroviário”, afirmou.

Segundo Wagner, o transporte por meio fluvial é econômico e eficaz. “A gente já transporta cargas na ordem de 34, 35 mil toneladas de soja. Transferir isso para transporte rodoviário, eu estou falando de mil carretas, caminhões queimando óleo diesel, poluindo a atmosfera. Portanto eu insisto: a BR é necessária, será feita para o desenvolvimento da Amazônia, mas não vamos abandonar aquilo que é uma preciosidade, a nossa bacia hidrográfica”, justificou.

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