Osny Araújo*
Hoje vou escrever um pouco sobre a bela praia da Ponta Negra, taxada por alguns como a “praia assassina “ e para iniciar, vou plagiar numa homenagem ao poetinha Vinícius de Moraes que se inspirou, numa praia carioca, Ipanema, homenageando também a mulher brasileira representada pela musa Helô pinheiro para escrever uma das belas canções brasileiras e conhecida internacional:
“Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça
É ela menina que vem e que passa
Num doce balanço, caminho do mar
Moça do corpo dourado, do sol de Ipanema
O seu balançado é mais que um poema
É a coisa mais linda que eu já vi passar”…
… garotas da Ponta Negra, por uma implicância do Ministério Público fundamentado num analise técnico, segundo especialistas precipitado da CPRM, a nossa “Ipanema cabocla”, a praia da Ponta Negra volta a ser interditada por tempo indeterminado, por isso, vamos demorar para ver as nossas garotas da ponta negra desfilando plástica e beleza na praia banha pelas negras águas do rio.
Sei que estou me arriscando muito, tentando escrever sobre o assunto que não conheço nem de longe, mas mesmo assim vale apena o risco em defesa de pedaço lindo de Manaus, mesmo sem nunca ter sido apresentado a Geologia.
Para a praia da Ponta Negra, sim, fui apresentado há muitos anos e sempre achei-a interessante, bonita, uma excelente área de lazer e de uns tempos para cá, se transformou também num dos vários cartões postais da nossa cidade, visitando por centenas de turistas.
Na política existem coisas interessantes. Se faz é criticado e não faz, a reação é a mesma. Com relação a praia da Ponta Negra, basicamente a única urbana e pública que temos na capital amazonenses, o prefeito Amazonino Mendes tentou fazer o melhor, com a construção de um pedaço de praia perene para que o local possa receber banhistas o ano inteiro e não ficar privado desse encontro no período das cheias que ocorrem anualmente.
É certo que tem morrido várias pessoas após a sua reabertura ao público, mas certamente, os culpados não são nem a prefeitura, nem o prefeito Amazonino Mendes e muito menos o secretário Américo Gorayeb.
Os culpados são os próprios frequentadores pela irresponsabilidade o consumo exagerado de bebidas alcóolicas, lembrando, que como já afirmou categoricamente o presidente do Implurb, Manoel Ribeiro, “ a prefeitura não é babá de ninguém” e cada qual, cuide de sí, com coerência e responsabilidade.
A praia está toda sinalizada, os bombeiros estão presentes e a Guarda Municipal também, mas o excesso de bebida,, que não pode e nem deve ser proibida na praia, se ela a praia é quem morre, esta toda sinalizada, com bandeiras verdes e vermelhas e basta que essas orientações sejam seguidas pelos banhistas que as mortes deixarão de ocorrer na Ponta Negra. A Praia não é assassina e mortes por afogamentos nesses locais, acontecem em todo o planeta.
O certo, é que tem muitos políticos querendo se aproveitar da situação e até fazendo propostas absurdas como interditar definitivamente a praia, sem pensar que a população não aprovará o fato e sem contabilizar o quando o poder público investiu para tornar mais bonito e atrativo a Ponta Negra. Com relação às mortes, se os frequentadores forem mais responsáveis e atenderem as recomendações sinalizadas, certamente desaparecerão. Querem ter a prova disso, façam um plebiscito se a praia da Ponta Negra deve ou não permanecer funcionando.
O sim, vencerá de goelada, tenho certeza.
Gorayeb, o secretário da Infraestrutura afirma que o laudo do CPRM foi precipitado e o Ministério Público parece que só vai sossegar quando interditar de uma vez a praia. Um grande absurdo e a população de Manaus e seus visitantes não merecem esse castigo, de ficar os fins de semana, para quem gosta desse tipo de divertimento, sem poder frequentar a única praia urbana que temos na cidade.
Não afirmo que tudo esteja bem na Ponta Negra, mas se precisar de algumas correções, a empresa responsável pela obra e a Secretaria Municipal de Infraestrutura certamente não se furtarão em promover os reparos, o que não se deve, é fechar o local. Manaus e seus visitantes não merecem um ato dessa natureza.
O município investiu na sua transformação, que alguns chamam de revitalização, colocou sistemas de segurança, agora, cabe aos frequentadores um pouco mais de responsabilidade, especialmente com as crianças e aos “beberrões”, diminuir as doses e agindo dessa forma, tudo ficará resolvida e a nossa praia da Ponta Negra continuará alegrando os nossos finais de semana. E dos que nos visitam. Por favor senhoras e senhores, não matem a praia da Ponta Negra, Manaus a quer viva.(Postagem simultânea nos sites: Noticianahora, Amazonianarede, Tadeudesouza e blog Jornalismo Eclético)
*Osny Araújo é jornalista e analista político.
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