Brasilia – O senador Fernando Collor de Melo (PTB-AL) subiu nesta segunda-feira (24) à tribuna do Senado e criticou a atuação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na condução das investigações contra políticos na Lava Jato.
O senador Fernando Collor de Melo (PTB-AL) subiu nesta segunda-feira (24) à tribuna do Senado e criticou a atuação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na condução das investigações contra políticos na Lava Jato.
Na quinta-feira (20), foram protocoladas no Supremo Tribunal Federal (STF) denúncias contra o deputado federal e presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o senador e ex-presidente da República Fernando Collor de Mello (PTB-AL).
Janot pediu a condenação dos dois sob a acusação de terem cometido crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. O discurso desta segunda foi a primeira declaração pública de Collor após a apresentação da denúncia contra ele.
O ex-presidente da República chamou Janot de “figura tosca” e o acusou de “arbitrariedade” na denúncia. Collor voltou a reclamar por não ter sido ouvido pelos investigadores antes de a denúncia ter sido apresentada ao STF.
Ele também chamou o procurador-geral da República de “sujeitinho à toa” e de “fascista da pior extração”. “Há meses venho denunciando o perfil dessa figura tosca de Janot.
A começar pelos sucessivos vazamentos de informação que correm em segredo de Justiça. (…) Até hoje, sequer fui ouvido para esclarecer mentiras e embustes politicamente arquitetados pelo senhor Janot. Meu depoimento foi marcado e por duas vezes desmarcado, na véspera dos mesmos”, disse Collor. “Não poderia deixar de trazer essa incoerência e arbitrariedade do procurador-geral da República. (…)
Depois de tanto arbítrio, onde foi parar o direito de ampla defesa? Onde foi parar o contraditório? E a presunção de inocência?”, completou. Esta não é a primeira vez que Collor utiliza a tribuna do Senado para realizar uma crítica a Janot. Neste mês, o senador xingou o procurador-geral.
No Senado
Collor transmitiu no plenário um vídeo, que, segundo ele, mostra o momento em que autoridades dizem cumprir mandado de busca e apreensão em seu apartamento funcional.
Durante a Operação Politeia, deflagrada em julho na Lava Jato, a Polícia Federal, autorizada pelo STF, cumpriu mandados de busca e apreensão nos imóveis de Collor.
O senador classificou a medida como “invasiva e arbitrária”. Segundo ele, as autoridades se recusaram a mostrar o mandado e trancaram a porta do apartamento depois de arrombarem.
Após criticar a ação da PF e da PGR, Collor disparou: se assim agem em relação a um representante da população, nas dependências do Senado da República, imaginem o que não fizeram nas minhas outras residências a mando do senhor Janot?”. Nesta ocasião, a PGR negou em nota qualquer tipo de irregularidade da Polícia Federal no cumprimento do mandado de busca e apreensão.
Amazonianarede-Agencia Senado