MST realizou protestos em 18 estados brasileiros

As manifestações ocorreram em 18 capitais
O MST volta a fazer manifestações no Brasil
O MST volta a fazer manifestações no Brasil

Brasil – Desde o início desta semana, mulheres ligadas à Via Campesina, ao Movimento Sem Terra (MST) e do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) ocupam indústrias de agrotóxicos e fazendas em todo o Brasil. Ações fazem parte da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Camponesas.

Segundo o MST, mais de 20 mil mulheres participaram das ações em 18 estados brasileiros, com marchas, ocupações e trancamento de rodovias. As mobilizações aconteceram no Rio Grande do Sul, Maranhão, Paraná, São Paulo, Bahia, Brasília, Paraíba, Goiás, Alagoas, Sergipe, Mato Gross, Tocantins, Rio Grande do Norte, Ceará, Espírito Santo, Pernambuco, Piauí e Pará.

De acordo com a assessoria de imprensa do MST, a pauta de reivindicações é comum a todos e o movimento é uma antecipação ao Abril Vermelho, manifestações sociais ligadas ao campo que tracionalmente ocorrem em Abril.

As ações fazem parte da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Camponesas que, de acordo com os manifestantes, “denunciam o modelo do agronegócio no campo brasileiro e propõem a agroecologia como alternativa ao capital estrangeiro na agricultura”. Entre outras reivindicações estão melhores condições de trabalho no campo, luta pelos direitos de proteção das mulheres e agilidade no Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR).

Mobilização terça

Nesta terça, dia 10, grupos mulheres ocuparam indústrias de agrotóxicos em dois estados: a Adama, em Taquari (RS), e a Cargill, em Goiânia (GO). Para as trabalhadoras rurais, a Cargill estimula o desmatamento do Cerrado e a expulsão de milhares de famílias camponesas, ao apoiar a expansão dos monocultivos de soja e cana-de-açúcar.

As acusações contra a Adama, que é uma das maiores empresas de agroquímicos do Sul do país, são referentes a produção de princípios ativos de agrotóxicos para sementes, como o 2,4-D.

As manifestações ocorreram em 18 capitais
As manifestações ocorreram em 18 capitais

Em Mato Grosso, cerca de 300 mulheres de diversos assentamentos e acampamentos do MST ocuparam a Fazenda Rancho Verde, no município de Cáceres. Segundo as lideranças do movimento, a fazenda é pleiteada pelo MST há cerca de quatro anos.

Na segunda, dia 9, a Via Campesina ocupou a unidade fabril da multinacional Bunge localizada na BR-040 em Luziânia (GO), no entorno de Brasília (DF), onde manifestaram contra o agronegócio brasileiro e o uso de intensivo de agrotóxicos e de transgênicos.

Na quinta passada, dia 5, um grupo de manifestantes ligados ao MST ocupou a entrada da empresa FuturaGene Brasil Tecnologia Ltda., da Suzano Papel e Celulose, no município de Itapetininga (SP), protestando contra o pedido de liberação de uma variedade de eucalipto transgênico.

As empresas

Em nota, a Adama diz que respeita as manifestações sociais e que tem trabalhado para que o pequeno, médio e grande produtor produzam alimentos de qualidade para o país.

A empresa diz que o compromisso da companhia está além da preocupação com o meio ambiente, mas sim, em respeitar as comunidades e contribuir para a qualidade de vida das pessoas, estimulando a cidadania e atuando com projetos na área da educação. A Adama também destaca que atende plenamente às exigências e padrões ambientais vigentes.

A Cargill informou que na manhã desta terça, dia 10, cerca de 100 mulheres do MST ocuparam a unidade de Goiânia, onde permaneceram por 30 minutos. A empresa afirma, em nota, que não houve qualquer confronto ou enfrentamento, e que a produção não foi afetada.

Amazonianarede- Canal Rural/Renata Sírtoli e Gisele Neuls

 

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