Amazonas – A falta de segurança por parte das empresas construtoras e a negligencia dos trabalhadores do setor, muitas mesmo com os aparatos de segurança e mãos e não utilizam, fazem com que as mortes na seguimento da construção civil aumentem consideravelmente consideravelmente.
Dessa forma, o número de mortes nos canteiros de obras da construção civil de Manaus nos primeiros dois meses de 2016 já supera a quantidade de casos de todo ano passado. Cinco trabalhadores morreram e 120 acidentes de trabalho foram registrados na capital, somente no primeiro bimestre deste ano.
Os dados foram divulgados pelo Sindicato da Construção Civil e Montagem de Gasoduto e Oleoduto do Estado do Amazonas o (Sintracomec-AM). Um grupo de trabalhadores do setor realizou manifestação por melhores condições de trabalho e fiscalização nas obras nesta quarta-feira (2), na Zona Oeste da capital.
Cinco mortes em 2 meses
Segundo o Sintracomec-AM, apenas nos meses de janeiro e fevereiro deste ano cinco trabalhadores da construção civil morreram no exercício da profissão, enquanto em 2015 foram registrados quatro óbitos nos canteiros de obras de Manaus.
Em 2015, o sindicato setor registrou 127 acidentes de trabalho com operários da construção civil. Já nos dois primeiros meses de 2016 houve 120 acidentes de trabalho nos canteiros de obras da capital.
De acordo com o presidente do Sintracomec-AM, Cícero Custódio, os dados mostram uma tendência de crescimento do número de casos. O índice apresentava queda após o ano de 2011, quando 21 trabalhadores da construção civil morreram em acidentes de trabalho em Manaus.
“Os acidentes ocorreram também nos pequenos canteiros de obras. As mortes e acidentes acontecem pelas péssimas condições de trabalho e a falta de fiscalização. Há uma falha muito grande na fiscalização das obras”, afirmou Custódio.
Manifestação
Na manhã desta quarta-feira, a entidade sindical promoveu um ato para reivindicar melhores condições de trabalho e atuação dos órgãos de fiscalização na avenida Coronel Teixeira, no bairro Ponta Negra, na Zona Oeste. Um grupo de cerca de 4 mil pessoas participou do protesto, de acordo com Sintracomec-AM.
“Em 2012, fizemos uma parceria com o Ministério do Trabalho e Ministério Público do Trabalho para orientação dos trabalhadores nas empresas e nos canteiros. Com isso houve uma redução das mortes e dos acidentes, mas atualmente não há mais essa parceria”, comentou Cícero Custódio.
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