Amazonianarede – Semcom
Manaus – Estudantes e professores da Escola Municipal Jornalista Sabá Raposo, uma das seis escolas integradas ao Projeto Práticas Educativas de Monitoramento de Carbono em Áreas Demonstrativas, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), receberam na tarde desta quarta-feira (12) o certificado pela participação nas atividades. O secretário municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Marcelo Dutra, fez a entrega simbólica dos documentos a três alunos e destacou a importância da mudança de comportamento proporcionada pelo projeto. Segundo ele, a iniciativa é um marco histórico na relação de entrosamento e transferência de conhecimento entre academia, escola e serviço público.
O Projeto de Monitoramento de Carbono, que conta com apoio do Fundo Municipal de Desenvolvimento e Meio Ambiente (FMDMA), tem como finalidade proporcionar aos estudantes a oportunidade de medir o crescimento de mudas plantadas nas margens do Igarapé do Passarinho e em árvores da RDS do Tupé, visando obter ao final do período de um ano a identificação do estoque de Carbono existente nas mesmas. O trabalho é desenvolvido em parceria com o Laboratório de Manejo Florestal do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), responsável pela elaboração dos cálculos que permitirão chegar ao coeficiente de CO2. Para isso, foram delimitadas sete áreas demonstrativas (nas zonas urbana e rural) onde 174 árvores foram identificadas e passaram a ter o crescimento monitorado.
No total, 40 estudantes de duas escolas situadas no bairro Colônia Terra Nova II, na Zona Norte, estão envolvidas no projeto monitorando 60 árvores e mudas nas margens do Igarapé do Passarinho. As outras áreas demonstrativas estão situadas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Tupé, onde 74 árvores são acompanhadas por 52 estudantes. A professora de Ciências da Escola Jornalista Sabá Raposo, Maria Nifa Mendonça dos Santos, diz que o projeto contribuiu muito para o aprendizado dos estudantes e mudou a relação deles com o entorno da escola e principalmente o igarapé. “Com esse trabalho, passaram a entender a importância da muda e o esforço feito para plantar, medir e replantar quando é arrancada”, explicou.
A aluna Elizabeth Cristina Medeiros, 13, participante do projeto, afirmou ter gostado muito da experiência de adotar uma árvore para cuidar. “Achei muito legal porque me senti protegendo aquela árvore e quero que o projeto continue para que possamos descer mais vezes até o igarapé”, afirmou. A escola também desenvolve, dentro do projeto, a pesagem dos resíduos produzidos pelos próprios alunos, quebrando paradigmas e estimulando as pessoas a produzirem menos lixo. “Enfrentamos barreiras com alguns alunos que ainda ficam zombando dos colegas, mas aos poucos queremos que todos se engajem à causa”, afirmou a professora Nifa.
Hoje(14), será a vez dos alunos e professores da Escola Professor Antonio Moraes receberem os certificados de participação. A coordenadora do projeto, Angeline Ugarte, assessora técnica da Semmas, explica que os resultados das medições obtidos até agora serão convertidos em massa de Carbono com o suporte técnico do Laboratório de Manejo Florestal do Inpa. “Esse será o próximo passo que o projeto dará e nos permitirá quantificar os estoques de Carbono em áreas demonstrativas da cidade”, explica. Segundo ela, o resultado das medições, feitas de agosto a novembro deste ano, permite conhecer o crescimento do diâmetro das mudas e das árvores, ou seja, o incremento do tronco onde está presente o Carbono.
O projeto é desenvolvido em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (Semed) e Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp). O Fundo Municipal de Desenvolvimento e Meio Ambiente (FMDMA) foi o responsável pela aquisição dos insumos utilizados no projeto, a exemplo das blusas, bonés, materiais de consumo, e dos instrumentos de medição (balanças eletrônicas digitais e paquímetros).
(FOTO: RODRIGO BRANDÃO)