Parintins, AM – “Essa área é um exemplo de preservação da natureza. Penso que esse local pode ser usado como laboratório, tem espaços aqui que você pode catalogar as árvores, procurar saber sobre sua importância e a sua função no meio ambiente”.
A avaliação é do Especialista em Educação Ambiental, Edilson Albarado, após visitar um terreno de 18.000 m², na comunidade do Parananema de propriedade do bancário Renato Carvalho, que também é apoiador da ONG Green Peace.
Denominada ‘Meu Paraíso Mangaratiba’ a área foi visitada na manhã de domingo, 30, por membros do projeto Arborização/Ufam e por Edilson Albarado. A visita serviu para conhecimento do espaço e divulgação para que ela possa servir de exemplo e estudo para alunos, técnicos, professores e Ambientalistas.
O proprietário diz que a manutenção desse espaço vem mais enraizada pelo espírito nordestino. “Eu venho de uma região onde cada verde tem um valor inestimado, e cada gota d’água é adorada.
Na Amazônia é diferente, tem sempre muito verde, muita chuva, muito sol, muito brilho, e as pessoas não valorizam, porque não sabem o que é sentir a necessidade de uma chuva, porque eles as têm em abundância, dai a desvalorização que eles praticam e a necessidade que eu tenho de preservar essas coisas”, comenta Carvalho.
Dificuldade
O bancário afirma que “a dificuldade maior reside na consciência dos moradores, que não sabem valorizar a importância de uma árvore perto de alguém. Faço reuniões frequentemente com os moradores pra conscientizar, principalmente sobre os chegantes.
As nossas crianças e jovens acham que a natureza é suportável e que aceitam todo tipo de agressão”. Segundo ele, “o maior desafio que eu encontro ali é convencer as pessoas de que não devem destruir nada, mas sim construir e preservar”.
Consciência
O proprietário disse que “eu pratico vigília frequentemente, converso, peço, oriento, solicito aos pais a orientarem seus filhos para eles não destruírem mas aprenderem a utilizar a natureza sem destruição, para conviver com os animais e as árvores.
Até as formigas peçonhentas que existem, as pessoas não precisam mata-las, só porque ela é venenosa, só precisa se livrar dela porque elas servem de alimento para outros animais. Esse trabalho é feito baseado no que ainda se pode salvar dentro da Amazônia, dentro de Parintins, saindo da consciência das crianças, repassadas pelos pais”.
Expansão
“Essas ações e atitudes do seu Renato são importantes, que fossem expandidas e executadas ainda mais dentro de Parintins. Hoje, já sentimos a necessidade de preservação dessas áreas. Que o poder público possa olhar com mais carinho essas áreas que ainda estão conservadas”, comenta o Especialista Albarado.
O professor aponta que a Secretaria de Educação deveria ter um projeto, um programa de estudo sobre lei ambiental dentro das escolas. “A gente incentiva a ideia de expansão sobre a conservação, de preservação, de respeito com o meio ambiente, em busca de melhorar a cidade, para que possamos ter uma vida saudável”, disse Albarado.
Amazonianarede – Jornal da Ilha