Camisa 25, que estava praticamente descartado na véspera, marca de pênalti no tempo regulamentar, apesar de perder cobrança decisiva. Classificado, Gavião espera fim das oitavas para conhecer seu adversário
Manaus, AM – O Manaus está pelo segundo ano consecutivo classificado às quartas de final da Série D do Brasileiro. Assim como em 2018, contra o Rio Branco, com requintes de crueldade aos corações mais cardíacos.
O Gavião venceu o São Raimundo-PA por 1 a 0 no tempo regulamentar, descontruindo exatamente a vantagem do rival e levando a decisão para os pênaltis.
Com direito a defesa de Jonathan e desperdício de Hamilton, o mesmo que marcou durante o jogo, o clube esmeraldino foi mais competente e acabou com a vaga. A partida foi realizada neste sábado, na Arena da Amazônia.
E agora?
Com o resultado, o Gavião se garantiu, ao menos, no top 2, já que ainda pode perder a liderança geral em caso de vitória elástica do Brusque diante do Boa Vista, que se encontram na segunda. O time aguarda o adversário, que será o sétimo ou oitavo na classificação geral. De qualquer forma, decide em casa.
Primeiro tempo
Em desvantagem, o Manaus iniciou a partida da forma que era esperado: ligado no 220 volts. Prova disso é que em menos de três minutos, a equipe levou perigo ao gol de Bruno Colaço três vezes, mas nenhuma com qualidade o suficiente para abrir o placar.
O ímpeto inicial transformou-se em nervosismo com o decorrer dos minutos, e o Gavião passou a errar passes bobos e forçar lançamentos desnecessários. O Pantera, que não tinha nada com isso, gastava o tempo, tentava controlar a posse de bola e assustava de vez em quando.
.Wendel teve a melhor chance em arremate de fora da área. Um lance que chamou atenção, negativamente, foi um choque de cabeça que levou o zagueiro Rubran a cair desacordado no gramado, mas não passou de um susto.
O marasmo persistiu até os 34 minutos, quando Igor entrou com velocidade na área e foi derrubado por Irlan. Depois de três minutos de reclamação, Hamilton, que estava apagado, cobrou no “estilo Pogba” e tirou o zero do placar e a pressão das costas. O Gavião ainda teve chance de ampliar com Patrick aos 41, mas a zaga salvou em cima da linha.
Segundo tempo
As equipes voltaram sonolentas do intervalo, mas com o Pantera ligeiramente melhor.
Equanto o Manaus trocava passes no campo de defesa, sem conseguir espaço para agredir, os visitantes, dentro da proposta de jogo, seguravam bem o resultado, até com “ceras” exageradas vez ou outra.
Com 20 minutos, Fajardo mexeu duas vezes: uma técnica, quando Charles entrou no lugar de Dolem, e outra física, pois Spice sentiu e deu espaço para Márcio Passos.
O Gavião, visivelmente desgastado, não conseguiu criar nenhuma chance. E o Pantera, apesar de mais inteiro, demonstrava estar satisfeito com o empate. Resultado: placar mantido até o fim e decisão nos pênaltis.
Penalidades
O Manaus começou batendo e converteu quatro das cinco cobranças: Evair, Derlan, Negueba e Charles, respectivamente, marcaram. Hamilton, que cobraria o pênalti decisivo e só precisa converter, desperdiçou. No lado do Pantera, fizeram os gols Dadá e Irlan. Paulinho Curuá e Mariano desperdiçaram.
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