
Brasilia – A votação ao veto da Medida Provisória 660 que assegura um novo plano de cargos e carreiras dos servidores da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) foiu maias uma vez adiada, nesta quarta-feira (8), no Congresso Nacional, em Brasília.
Servidores da Suframa estão em greve por melhorias trabalhistas. O movimento grevista ocorre nas 14 unidades da Suframa, em cinco estados – Amazonas, Acre, Amapá, Rondônia e Roraima. A paralisação já dura 48 dias.
De acordo com a Câmara dos Deputados, a sessão para analisar dez vetos presidenciais a projetos de lei foi cancelada por falta de quórum. “No final da sessão, apenas 211 deputados e 35 senadores tinham registrado presença, abaixo do mínimo necessário para votação: 257 deputados e 41 senadores”, informou. A votação havia sido antecipada do dia 14 de julho para esta quarta. No dia 1º, a sessão também foi cancelada por falta de quórum.
Greve
Em razão da greve, a liberação de insumos nacionais e importados está prejudicada. Mercadorias, como remédios e eletroeletrônicos, estão retidas em pátios de indústrias e empresas transportadoras. De acordo com o Centro de Indústrias do Amazonas (Cieam), as mercadorias e insumos retidos por falta de liberação do órgão representam mais de R$ 450 milhões “parados”.
Na tentativa de amenizar os prejuízos da greve à indústria, fiscais da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) devem voltar a atuar no desembaraço de mercadorias para atender o comércio e as fábricas do Polo Industrial de Manaus (PIM). O retorno, previsto para esta semana, foi anunciado pelo governador do Estado, José Melo, na terça-feira (30).
Um grupo de servidores da Sefaz passou a assumir as atribuições da Suframa após decisão da 3ª Vara Federal que visa garantir o funcionamento dos serviços durante a greve da autarquia. A secretaria foi notificada em 8 de junho.
O Sindicato dos Servidores da Suframa (Sindframa) afirma que a greve será mantida até a derrubada do veto ou apresentação de nova proposta do governo.
Amazonianarede-G1