Mais seis espécies de peixes estão ameaçadas de extinção no Amazonas

Mais seis espécies de peixes estão ameaçadas de extinção no Amazonas

A realidade para essas espécies e para o seu habitat natural, apesar de crítica, não ameaça a pesca comercial do Estado

Manaus,AM  – Seis espécies de peixes estão ameaçadas de extinção no Amazonas, de acordo com levantamento do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam). A realidade para essas espécies e para o seu habitat natural, apesar de crítica, não ameaça a pesca comercial do Estado.

Aqui no Amazonas as espécies ameaçadas são três de sarapó (Apteronotus lindalvae, Sternarchorhynchus higuchii, Sternarchorhynchus jaimei), uma espécie acari-cachimbo (Harttia depressa), uma de aracu (Leporinus pitingai) e uma de arraia (Paratrygon aiereba).

Segundo dos dados do Ipaam, ao todo, existem 38 espécies de peixes amazônicos na portaria das espécies ameaçadas de extinção. Esses peixes são encontrados ainda outros estados da região, com destaque para o estado do Pará, principalmente nos rios Xingu, Tapajós, Trombetas e Tocantins.

Entre os motivos que levaram essas espécies à ameaça, segundo Marcelo Garcia, o gerente de fauna do Ipaam, estão as construções de barragens para hidrelétricas, que destruíram ambientes, como os de corredeiras e a pesca de peixes ornamentais.

Apesar de o número pequeno de espécie  ameaçadas de extinção no Amazonas, Marcelo Garcia diz que a situação é grave e o principal problema das espécies ameaçadas não envolve a pesca e sim a perca de habitat.

A remoção do ambiente de corredeiras, onde aqueles peixes vivem, fez a população da espécie diminuir drasticamente nestas áreas.

No Amazonas, a realidade se repete porque a maioria das espécies de peixes ameaçados podia ser encontrada na região da usina de Balbina, no rio Uatumã.

“Antes da construção da barragem houve recursos e os estudos ocorreram, mas por falta da continuidade dos estudos, pode ser que algumas espécies sejam incluídas na lista [ameaçadas de extinção]”, completou.

Impactos

As categorias de espécies ameaçadas de extinção são variadas. Elas se dividem em: “em perigo”, “vulnerável”, “criticamente em perigo” e “extinta”. Caso cheguem a ser extintas, segundo o Ipaam, o impacto seria direto na redução da biodiversidade e alteração dos ambientes devido à remoção de parte da cadeia alimentar.

Um dos trabalhos positivos que tem sido realizado a favor das espécies de peixes é o manejo das populações. Entre eles está o período de defeso, que pode proporcionar a retirada de cotas anuais sem que ocorram prejuízos para as populações das espécies exploradas comercialmente.

As espécies ameaçadas de extinção no Amazonas não possuem período de defeso, pois não fazem parte da pesca comercial. As outras espécies de peixes comerciais, como tambaqui, dourado, jaraqui, não estão ameaçadas de extinção.

Garcia diz que a função do defeso é garantir que as espécies tenham tempo suficiente para se reproduzir e voltar a aumentar a população. Entretanto, as espécies citadas não possuem ameaça reconhecida que pudesse evoluir para o desaparecimento da espécie.

“Uma coisa é extinção da espécie, outra coisa é a extinção comercial, que é quando não tem mais unidades suficientes para a pesca comercial”, diz o gerente de fauna do Ipaam, Marcelo Garcia.

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