Manaus – As autoridades ligadas ao setor calculam que mais meio milhão de pessoas deverão visitar os vários cemitérios da cidade neste Dia de Finados, com homenagens aos mortos.
As visitas para saudosos, homenagens aos entes queridos começaram ontem, Dia de Todos os Santos e milhares de pessoas, com velas e flores nas mãos aproveitaram o sábado para essa homenagem.
No cemitério São João Batista, localizado na Rua Maceió, bairro Praça 14, Zona Sul da cidade, a movimentação de visitantes e vendedores foi intensa durante a manhã. Alguns vendedores afirmaram estar no local desde às 6h para organizar as mercadorias. Agentes do Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans) estavam no local para dar fluidez ao trânsito.
A servidora pública Auricélia Matos, de 48 anos, foi ao cemitério para visitar o túmulo do pai e da avó. Ela aproveitou para visitar jazigos de personalidades do Amazonas, como o do jornalista e sociólogo Cunha Melo. Auricélia afirmou que costuma visitar o local porque gosta da admirar a arquitetura e do sossego que o ambiente transmite.
“Independente de data, gosto de vir aqui quando sinto saudades do meu pai e sempre aproveito para dar uma olhada nos túmulos daqui. Gosto de ver as fotos antigas, imaginar como foi a vida deles, se tinham status, o que realizaram. Esse cemitério tem túmulos lindos, com arquitetura da época da borracha e que até hoje impressionam”, comentou Auricélia.
A contadora Isadora Regis, de 56 anos, também foi ao local neste sábado. Ela antecipou a visita para evitar o tumulto que geralmente acontece no dia 2 (domingo). “Há 17 anos, minha mãe e uma irmã descansam aqui. Todos os anos eu venho visitar e fazer preces por elas. Amanhã, certamente, vai estar muito mais cheio que hoje e resolvi aproveitar para vir logo e fazer minhas homenagens antes”, disse.
Vendas
Comerciantes também aproveitam o sábado para vender itens como flores, velas, água e comida. José Estevão, de 50 anos, disse que há mais de 20 anos trabalha vendendo churrasco próximo ao cemitério.
Ele costuma comercializar até 200 churrasquinhos na véspera e no Dia de Finados. “Todo ano eu e minha família vendemos churrasco e bebidas aqui. Chego por volta das 6h para organizar a barraca e os produtos e fico até umas 20h, que é quando a missa termina”, disse.
O vendedor de flores Lindemberg Oliveira tem 40 anos e desde os 15 trabalha na floricultura da família confeccionando buquês, coroas e crucifixos de flores. Ele está à frente do negócio há cinco anos e garante que para o Dia dos Finados precisa contratar cerca de dez pessoas para ajudar na confecção das decorações.
“Desde a quinta-feira (30) as vendas aumentaram em 90%. A gente chega aqui umas 6h e não para de trabalhar até de noite. Todo mundo quer enfeitar os túmulos das pessoas amadas. As flores mais procuradas são as do campo e rosas. Os buquês e crucifixos são os mais procurados, principalmente pelos mais velhos”, afirmou.
Um buquê com uma dúzia de rosas naturais custa, em média, R$ 80, já os de flores do campo são vendidos por R$ 70, a dúzia. As coroas custam entre R$ 200 e R$ 300, dependendo do tamanho escolhido pelo cliente. As flores artificiais também têm espaço no local e são mais baratas. Os buquês de rosas ou flores do campo artificiais custam, em média, R$ 15. Já o buquê de girassóis custa R$ 4.
Amazonianarede – G1 AM