Mais de cem pessoas acompanharão eclipse solar no Musa em Manau

Mais de cem pessoas acompanharão eclipse solar no Musa em Manaus

O fenômeno começou pouco depois das 15h e deve ser visível em Manaus por cerca de duas horas, para quem estiver com o filtro adequado

Manaus, AM –  Mais de cem pessoas marcaram presença na tarde desta segunda-feira (21) no Museu da Amazônia, na zona leste de Manaus, para tentar ver do alto da torre de observação o eclipse parcial do sol.

A procura foi tão grande que a torre, com 42 metros de altura, teve sua capacidade esgotada. Cerca de 40 pessoas ficaram no topo, enquanto outras 60 aguardavam embaixo uma chance de subir e ver o fenômeno natural.

Crianças, adultos e integrandes de clubes de astronomia estiveram no local, considerado um dos melhores da cidade para a observação do fenômeno. O diretor do Musa, Enio Candotti, afirmou que a procura foi maior do que o esperado.

“Veio muito mais gente do que o esperado. A torre está lotada. É um acontecimento importante. Te faz se sentir parte do céu. Do universo”. Ele celebrou a oportunidade de acompanhar o fenômeno.

“Nessas horas vemos que há coisas curiosas e muito maiores qie nós. Como a lua se intrometer no meio do caminho da luz do sol pra terra sem pedir licença de  ninguém”, filosofou.

Clube da Astronomia

Geovandro Nobre,  integrante do Clube de Astronomia da Ufam e  fundador do Observatório Astronômico Rei do Universo, também comemorou a oportunidade de ver um fenômeno dessa natureza em Manaus.

 “Praticar astronomia em manaus é um desastre por conta do clima chuvoso e úmido. Fica difícil de se observar os fenômenos, mas como é aqui que moro eu tive a ideia de montar o meu observatório em casa há cerca de 2 anos, quando comprei um telescópio de grande abertura para divulgar fotos do céu através das rede sociais”, afirmou ele, observar dos céus desde os seis anos, com a passagem do Cometa Halley.

Aventura aprovada

Ao longo de seus quase 70 anos, a aposentada Maria Helena Nogueira de Jesus conta que nunca viu algo parecido com o eclipse solar desta tarde. “Foi algo maravilhoso e com a explicação do professor, entendi que é uma relação entre o sol e a lua. Nessas horas vemos ainda mais forte o trabalho de Deus na natureza”, contou ela.

Sem participar de nenhum clube de astronomia, Maria Helena se considerada uma curiosa nata em busca de cada vez mais conhecimento. “Eu gosto de saber das coisas, gostaria de ter conhecido mais, uma falha minha que agora corro atrás. Pelo menos participar já é válido, quando estamos juntos de outras pessoas que conhecem de um assunto, você aprende também”, disse.

Maria Helena ressaltou que quando soube do evento no Musa, correu para participar. “Eu estava tentando ver lá da rua de casa, mas todo mundo que passava me via e perguntava o que essa velha doida tanto olha para o céu. Foi ai que percebi que ali não era a minha turma e vim para cá, ficar no meio de pessoas que conhecem e ensinam”, falou.

Equipamentos

Para acompanhar o eclipse, era necessário algum filtro específico. “Desprotegido não dá”, alerta Geovandro.

“O eclipse de hoje pode ser observado a olho nu com a ajuda de um filtro de solda que deixa passar apenas 0,00027% da luz do sol. É um filtro fácil de encontrar em qualquer loja de construção e custa dois reais”.

Nem todos que foram ao Musa levaram o filtro consigo, mas o número de curiosos era tamanho que eles trocavam entre si para permitir que todos visualizassem o fenômeno.

O Clube da Astronomia de Manaus também emprestava o telescópio para aqueles que queriam ver o eclipse mais “de perto”.

Outro equipamento utilizado pelos observadores era o telescópio solar sem lentes, projetado e produzido em casa por Geovandro. “Ele custou dois reais e é feito com cola, papel cartão e fita adesiva.

O princípio  dele é o mesmo da câmara escura, onde tem uma câmara totalmente fechada com um furo por onde entra a luz e uma imagem é projetada no outro lado”, explicou ele, que levou dois exemplares para compartilhar com os demais.

Quem também contribuiu para a experiência ser mais positiva, foi o Clube de Astronomia de Manaus, que levou um telescópio refletor para o evento.

“O telescópio aponta para o sol, só que não diretamente com os olhos na ocular. A projeção acontece por meio de um conjunto de lentes, diretamente na tela em branco. O eclipse que observamos é de pouco mais de 21% sol e ele está sendo projetado 19x maior do que é observado a olho nu”, disse Elder Tânio Gomes de Almeida, integrante do grupo

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