Rio – Dois grandes protestos estão marcados para este domingo nas imediações do Maracanã, palco da final da Copa das Confederações. Apesar de não haver estimativa do número de participantes, o efetivo policial já está fechado: cerca de 10 mil policiais serão empregados no esquema de segurança, o maior já planejado para um evento esportivo na história do País.
Os manifestantes planejam se concentrar na Praça Saens Peña, a cerca de 1,7 km do estádio, em dois horários: às 10h e às 15h, e de lá seguir para o Maracanã. Os atos são organizados pelo Comitê Popular da Copa e por uma plenária do Fórum de Lutas, que reúnem diferentes movimentos sociais. Também circula pela internet um roteiro com dez diferentes pontos de concentração, que incluem praças, shopping centers e estações de trem e metrô próximas ao estádio, que terão a segurança reforçada.
Os grupos irão protestar contra o “processo de privatização e elitização do Maracanã”, contra a derrubada do estádio de atletismo Célio de Barros, do parque aquático Júlio Delamare e da escola municipal Friedenreich, além do fim das remoções provocadas pela Copa e os Jogos Olímpicos (como é o caso da Vila Autódromo, na zona oeste, que dará lugar ao Parque Olímpico).
Na pauta de reivindicações, está também um pedido de apuração do orçamento das obras de infraestrutura nas cidades-sede e nos estádios. Não há divulgação de estimativa de participantes do ato. Pelas redes sociais, cerca de 20 mil pessoas confirmaram presença, mas integrantes esperam reunir “não menos do que cem mil pessoas”, ou ao menos um público maior do que o do último protesto em Belo Horizonte, que reuniu 60 mil.
Barreiras policiais vão cercar o estádio
Serão montadas barreiras policiais num raio de 2 quilômetros do Maracanã. Somente quem tiver ingresso para o jogo será autorizado a passar. As ruas ao redor do estádio serão interditadas ao tráfego às 14h. Todo efetivo de 1,2 mil do Batalhão de Choque estará de prontidão nos arredores do estádio, com grande aparato: veículos blindados, armamentos não letais e apoio de helicóptero. A tropa de cavalaria também será empregada
(Fonte: Agência Estado)