Candidata a presidente da República, a ex-deputada Luciana Genro, do Psol, promete ser a “terceira via de verdade”. Segundo ela, o candidato que se propõe a isso, Eduardo Campos, do PSB, “na verdade não é”. Em entrevista ao portal Bahia Notícias, a gaúcha fala mal do PT, do PSDB e do PSB, além de ser oposição ao próprio pai, o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT). Ela conta ter saído PT por “não querer participar desse toma lá, dá cá”.
Segundo Luciana Genro, a candidatura do Psol “não é apenas para marcar posição”. Ela diz que seu partido está 100% unido em torno de seu nome, depois da falta de união em relação à candidatura do senador Randolfe Rodrigues, que desistiu da disputa. “O meu nome foi aprovado por unanimidade na convenção”, disse ela.
Para a socialista, o PSDB de Aécio Neves significa “uma volta ao passado”, e o “continuísmo do PT e da Dilma (…) também traz elementos de retrocesso”. “O que nós queremos na campanha é mostrar que é possível uma alternativa diante do retrocesso e desse continuísmo nefasto, que acaba levando ao retrocesso, que é o PSOL”, afirma, confiante.
Sobre seu pai, petista que foi ministro do governo Lula, diz que ele a ensinou “a pensar com a própria cabeça” e que sua família não repete “esse fenômeno do carlismo, que tem pai, filho, neto, seguindo a mesma política de se transformar em uma oligarquia familiar”. “A gente tem ideias diferentes, em algumas coisas até temos pensamentos parecidos, mas, em essência, divergimos sobre qual é a necessidade para o país nesse momento”, explica.
Ao falar sobre a principais propostas de um eventual governo, diz que faz parte de seu programa tributar as grandes fortunas para ter recursos que possam anteder “essas bandeiras de direitos civis”. Sobre a maconha, diz que sua defesa “não é uma apologia e nem liberação geral”, mas acredita que o tema deve ser debatido como questão de saúde pública, não policial. “A maconha deveria ser trada como o álcool e o cigarro”, diz. Luciana tem defendido em seus discursos ser favorável também ao casamento de pessoas do mesmo sexo e à legalização do aborto.
Fonte: Brasil 247
