Justiça quer leiloar prédio da Cruz Vermelha no início de novembro

Cruz Vermelha
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Rio – Alvo de pelo menos 200 ações na Justiça do Trabalho, a Cruz Vermelha Brasileira (CVB), bombardeada por diversas denúncias de corrupção nos últimos meses, enfrenta novo problema: está ameaçada de despejo.

O prédio localizado na Praça que leva o nome da entidade filantrópica mundialmente famosa, no Centro do Rio, já foi penhorado em diversas ações judiciais. Não apenas trabalhistas, mas também da Justiça Federal.

O leilão do prédio erguido no início do século XX está marcado para o dia 5 de novembro e servirá para cobrir parte de um rombo de R$ 50 milhões de dívidas. O valor foi citado pelo secretário-geral da CVB, Paulo Roberto Costa e Silva, em conversa com equipe do Jornal do Brasil, no dia 15 do mês passado.

No cartório do 2º Registro de Imóveis, na matrícula 95883, referente ao prédio centenário constam, além de diversas penhoras movidas por ações trabalhistas, uma da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. O não-pagamento de impostos gerou uma dívida de R$ 494.843,53. No processo que tramita na 2ª Vara Federal de Execução Fiscal, a própria Procuradoria aponta o leilão do prédio como a forma de capaz de pagar a dívida contraída junto ao governo.

Na tentativa de frear a venda do imóvel, o presidente da instituição, Nício Lacorte, corre contra o tempo. Ele foi empossado há apenas um mês:

“Estou fazendo o possível para este leilão não chegar a acontecer. Nossos advogados estão resolvendo”, limitou-se o gaúcho. “O governo quer leiloar o prédio por R$ 5 milhões, mas isto é absurdo. Todos sabem que a sede da Cruz Vermelha vale pelo menos R$ 100 milhões”, disse.

Informações obtidas junto ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) dão conta de que no dia 24 do mês passado um recurso conhecido como “agravo de petição” foi interposto pelos advogados da Cruz Vermelha em pelo menos dois processos na tentativa de protelar a venda pública.

(Por:JB)

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