Juninho: “O jogador brasileiro precisa mudar a mentalidade e ser mais responsável”

Juninho pernambucano

Juninho pernambucano

Rio – Juninho Pernambucano brilhou na vitória do Vasco por 3 a 1 sobre o Figueirense, no sábado, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro, entende que os jogadores brasileiros continuam sendo os melhores do mundo, mas precisam ser mais disciplinados e responsáveis, por considerar que hoje apenas técnica e malabarismo com dribles em campo não resolvem a questão hoje, no futebol moderno, conta muito com a parte física, por isso, depende de uma grande preparação física e técnica.

O meia fez um gol e deu o passe para outros dois. Aos 37 anos, ele parece não sentir o peso da idade. Depois de passar oito anos na Europa, defendendo as cores do Lyon, da França, e mais dois anos no Catar, Juninho Pernambucano esperava encontrar o futebol e os jogadores brasileiros mais evoluídos, especialmente no aspecto responsabilidade. Mas se decepcionou.

– O que a gente precisa mudar é a mentalidade do jogador brasileiro. Ainda acha que a caneta, o chapéu, a brincadeira no treino, o treino a 30%. Continua achando que isso é futebol e que no final de semana vai ser capaz de resolver. “A gente resolve naquele quadrado”. Mas não entende que para isso precisa preparar o seu corpo para que ele possa reagir ao máximo esforço – disse Juninho.

O meia do Vasco faz a ressalva que, para ele, os jogadores brasileiros continuam sendo os melhores do mundo tecnicamente. Mas que isso, hoje em dia, já não é mais suficiente para fazer a diferença dentro de campo.

– O jogador brasileiro é inteligente para ler o jogo, tem a malandragem, no bom sentido. E por ter uma formação mais sofrida, amadurece mais cedo e lida melhor com a pressão. Mas precisa entender que futebol pode ser sim uma brincadeira, mas acima de tudo é uma profissão.

O futebol mudou a vida de todo mundo. Precisa respeitar o futebol. Entender que o treino e o pós-treino são fundamentais – ressaltou o camisa 8 do Vasco.

Na opinião de Juninho, chegou a hora de os clubes nacionais trabalharem mais com o aspecto mental dos atletas.

– O jogador brasileiro tem muito desequilíbrio familiar. Já vimos jogadores que não atingiram o seu máximo (potencial) por causa disso. Vivem de altos e baixos. A mudança passa por isso. O lado mental é cada vez mais importante para que ele possa render tudo o que pode – finalizou.

(Fonte: Sportv.com)

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