Brasília – O Governo do Distrito Federal instaurou ontem uma investigação para apurar quem gravou e em que circunstância foi feito o vídeo, divulgado na última terça-feira, no qual o ex-ministro José Dirceu aparece conversando com deputados no Complexo Penitenciário da Papuda. A gravação foi feita durante visita de parlamentares da Comissão de Direitos Humanos da Câmara ao petista, que cumpre pena no presídio em razão da condenação no julgamento do mensalão.
O GDF informou ao Correio que encaminhou para a Corregedoria da Câmara a lista com o nome dos deputados e assessores que estiveram na visita. O objetivo é que seja investigado quem gravou o vídeo “ilegalmente”. Quando identificada, a pessoa poderá ser processada, segundo uma fonte do GDF.
De acordo com a deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP), a cela de Dirceu é maior que as demais e tem chuveiro elétrico, micro-ondas e uma tevê de plasma. No vídeo, divulgado pela TV Folha, o ex-ministro reclama do fato de estar cumprindo pena em regime fechado. Ele foi condenado a 7 anos e 11 meses de cadeia em regime semiaberto, no qual há possibilidade de trabalho externo.
Dirceu aguarda uma decisão do presidente do STF, Joaquim Barbosa, quanto ao pedido para trabalhar em um escritório de advocacia.
Procurada, a Subsecretaria do Sistema Penitenciário do DF (Sesipe) destacou que “todas as celas onde cumprem penas internos de bom comportamento possuem tevê” e, ainda, que o “chuveiro elétrico não existe apenas na cela em que o apenado Dirceu está”. A Sesipe acrescentou que nunca teve aparelho de micro-ondas na cela.
Questionada sobre a informação de que Dirceu ocupa uma cela maior que a dos demais detentos, a Sesipe observou, por meio da assessoria de imprensa, que, naquela ala da Papuda, todas as celas têm a mesma metragem, de aproximadamente 20m².
Por: Correio Web
