Projeto Mamíferos Aquáticos da Amazônia organiza evento de lançamento da campanha para diminuir número de animais resgatados sem a devida necessidade
Manaus – Na quarta-feira (20), das 14h às 17h30, acontece no Auditório da Ciência – Bosque da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC), o Workshop “Como liberar filhotes de peixe-boi capturados acidentalmente”.
O workshop faz parte do calendário de eventos do Projeto Mamíferos Aquáticos da Amazônia, executado pela Associação Amigos do Peixe-Boi (Ampa), em parceria com o Inpa e patrocínio da Petrobras.
Objetivo
O objetivo do workshop é conscientizar sobre a problemática dos filhotes de peixe-boi capturados acidentalmente em malhadeiras utilizadas para pesca.
Nos últimos 5 anos, 20% dos filhotes de peixe-boi recebidos no Inpa foram vítimas deste tipo de emalhe.
Vários filhotes chegaram em boas condições físicas ao Instituto, um dos indicativos que provavelmente a mãe estava próxima na hora do resgate.
Durante o evento, os palestrantes abordarão sobre a biologia do peixe-boi, os conteúdos do panfleto, da cartilha e do cartaz elaborados e informações sobre os procedimentos a serem adotados quando um filhote de peixe-boi é encontrado emalhado.
O workshop finalizará com a distribuição destes materiais, que deverão ser entregues pelos parceiros às comunidades ribeirinhas dos diversos municípios do Amazonas.
Etapas
A coordenadora do Projeto e pesquisadora do Inpa, Vera da Silva,será uma das palestrantes. “Nosso trabalho com os filhotes possui três etapas principais, o resgate; a reabilitação e a soltura.
A reabilitação é o cuidado até o filhote ter idade para se alimentar sozinho; Após algum tempo, a última etapa é a reintrodução dos peixes-bois nos rios.
Este é um processo longo e oneroso, e que nem sempre garante o retorno do peixe-boi a natureza.”, explica a pesquisadora responsável pelo Laboratório de Mamíferos Aquáticos –LMA/Inpa.
O médico veterinário do Inpa, Anselmo D’ Affonseca, vem se preocupando com o aumento do número de peixes-bois que chegam anualmente ao Inpa. “Somente em 2017, 50% dos filhotes resgatados e que chegaram ao Inpa foram vítimas de malhadeira de pesca.
São animais que deveriam estar com sua mãe, na natureza,mas os pescadores, na boa vontade de ajudar, acabam retirando este animal do seu ambiente, sem necessidade.”, comenta o veterinário.
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