Impeachment de Crivella é protocolado na Câmara de Vereadores do Rio

Impeachment de Crivella é protocolado na Câmara de Vereadores do Rio

Pedido de impedimento por “crime de responsabilidade” deverá ser analisado quando a Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro voltar de recesso. Pedido foi protocolado pelo vereador Átila Nunes (MDB-RJ).

Rio – O pedido de impeachment do prefeito do Rio, Marcelo Crivella, foi protocolado pelo vereador Átila Nunes (MDB-RJ) na manhã desta segunda-feira (9). O pedido de impedimento por “crime de responsabilidade” deverá ser analisado quando a Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro voltar de recesso.

Segundo Nunes, Crivella vem tomando uma série de medidas que favorecem integrantes da Igreja Universal – a mais recente foi a reunião com 250 pastores evangélicos no qual o chefe do Executivo municipal oferece vantagens e prioridades para cirurgias de catarata e pagamento de IPTU.

Na reunião ocorrida na quarta-feira (4), segundo antecipou o jornal O Globo, os pastores e fiéis podiam levar qualquer reivindicação e, em troca, a prefeitura falaria sobre o que teria a oferecer para os convidados.

Vereadores procuram MP-RJ

Um grupo de seis vereadores do PSOL entregou, na manhã desta segunda-feira (9), uma representação ao Ministério Público do Rio pedindo uma investigação sobre possível improbidade administrativa cometida pelo prefeito Marcelo Crivella.

“É necessário que o Ministério Público se posicione sobre aquela absurda reunião do Marcelo Crivella, que de forma flagrante cometeu crime eleitoral ao fazer campanha em um espaço público antes da hora, como também ofereceu vantagens para que pessoas pudessem furar a fila do sistema de regulação e terrm acesso a cirurgias antes da hora. Isso é inadmissível, pois fere um dos preceitos mais básicos da República, que o da igualdade. O prefeito não pode favorecer um grupos de amigos e aliados”, afirmou o vereador Tarcísio Motta, líder da bancada do PSOL na Câmara.

Os parlamentares do PSOL se reuniram com o procurador geral do MPE, José Eduardo Ciotola Gussem, para discutir sobre o pedido de impeachment de Crivella. O MP-RJ já investiga a reunião.

“Já existe um procedimento relativo a laicidade envolvendo o prefeito Marcelo Crivella. Existe um procedimento em tramitação cujo objeto é exatamente esse. Foi aberto por um direcionamento a questões evangélicas”, destacou Gussem.

O procurador ressaltou ainda que a instituição tenta garantir que os princípios constitucionais sejam cumpridos. “Eu quero deixar claro que o Ministério Público não tem nenhuma prevenção contra os evangélicos. O que não pode é a administração pública privilegiar um determinado grupo ou segmento religioso”.

Os vereadores do partido também solicitaram ao presidente da Câmara, Jorge Felippe, uma sessão extraordinária na Casa, que está de recesso, para debater o assunto. O objetivo é entrar com o pedido de impeachment do prefeito, por improbidade administrativa e por conceder privilégios a fieis e pastores evangélicos.

Além disso, os parlamentares também querem que seja investigado o uso de bem público – o Palácio da Cidade – para campanha eleitoral.

O vereador Tarcísio Motta disse que a reunião secreta que Crivella realizou com 250 pastores evangélicos revela um aspecto grave da administração do prefeito, que “continua agindo como pastor e acha que pode gerir a prefeitura como se fosse sua igreja”.

Em nota, a Prefeitura do Rio informou que a reunião teve como objetivo prestar contas e divulgar serviços importantes para a sociedade, entre eles o mutirão de cirurgias de catarata e o programa sem varizes.

“A Prefeitura conta, inclusive, com o apoio dos meios de comunicação para ampliar essa divulgação. Esclarece ainda que não há qualquer irregularidade o prefeito indicar uma assessora para que a população possa tirar dúvidas sobre como ter acesso aos serviços prestados pela Prefeitura, não tendo havido preterição no atendimento ao público.

Vale ressaltar que, desde o início de sua gestão, o prefeito Marcelo Crivella já recebeu os mais diversos representantes da sociedade civil, para tratar dos mais variados assuntos, tanto em seu gabinete quanto no Palácio da Cidade”, diz a nota.

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