Amazonas – Mesmo com o aparecimento de alguma chuva na capital, anunciando que o inverno está chegando, as queimadas continuam surgindo em áreas mais afastadas do grande centro da capital e onde ainda existe vegetação. Nesses locais, nas periferias da cidade de Manaus e Região Metropolitana, os focos de queimadas de vez em quando aparecem.
Deflagrada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Operação Guaricaya, encontrou queimadas em Terras Indígenas, áreas de assentamento da União e em Áreas de Preservação Permanente (APP), situadas em municípios da Região Metropolitana de Manaus (RMM). De acordo com o Ibama, as queimadas têm ligação coma nuvem de fumaça que afetou a cidade de Manaus no mês de setembro.
Guardião da Floresta
A Operação Guaricaya, nome de um lendário guardião da floresta, segundo crença do povo indígena Omágua, teve início no dia 16 de novembro. O resultado da ação foi divulgado pelo Instituto nesta sexta-feira (27). O valor de multa aplicado foi de R$ 1.040.715,00.
De acordo com superintendente substituto do Ibama no Amazonas, Geandro Pantoja, foram feitos nove autos de infração e 12 termos de embargo em áreas queimadas. Além disso, 255 hectares de áreas foram embargadas. A área embargada é equivalente a 300 campos de futebol. “Nas áreas desmatadas houve constatação de queimadas e abate de diversas castanheiras, que é uma espécie protegida por lei, uma agravante aos ilícitos encontradosafirmou.
Fumaça
Pantoja explicou ainda que as equipes flagram queimadas em diversas áreas. A fumaça, cinzenta e densa, dificultou a respiração e a visibilidade em ruas e avenidas da capital. O problema chegou a aumentar em 15% as chamadas para o número 192 do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa). “Essas áreas vistoriadas estão diretamente relacionadas com as constantes e intensas nuvens de fumaça que tem acobertado Manaus e outros municípios da região metropolitana, causando graves danos ambientais à saúde da população e riscos à segurança de trânsito e navegação”, informou. O superintendente substituto disse ainda que o Ibama continua monitorando indicativos de desmatamento e focos de calor para impedir novos crimes ambientais na região.
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