
Manaus, AM – O voto favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, na Câmara dos Deputados, está dando uma grande dor de cabeça ao deputado Hissa Abrahaão, ameaçado de expulsão por não ter seguido a orientação nacional do Partido, que era o de votar contra o impeachment.
Hoje, já em Manaus, o deputado Hissa Abrhaão, presidente do Partido Democrático Trabalhista (PDT) no Amazonas, disse não esta arrependido de votar a favor do impedimento no último domingo (17). Ao desobedecer a orientação do Partido, afirmou ainda que a decisão do partido pelo qual pretende disputar a eleição majoritária na capital, o deputado disse ter seguido suas convicções e que em momento algum esteve indeciso. Ele diz que vai tomar medidas jurídicas caso seja expulso do partido.
O parlamentar garante que a decisão sobre o voto do impeachment já havia sido tomada antes da filiação ao PDT. “Em janeiro de 2016, o diretório nacional [PDT] decidiu ir contra o impeachment, eu não estava na reunião, entrei no partido há 30 dias. Mas fico cheio de orgulho por um partido que vai até o fim pelas suas convicções assim como eu fui […]
‘Eu não estava indeciso, só não podia revelar meu voto para a cidade nem para o partido porque eu iria provocar um movimento de dissidência, e outros deputados que estavam só querendo um para fazer esse movimento iam se sentir encorajados a nos seguir, e não me se senti no direito de puxar esse movimento exatamente porque estou chegando agora”.
O deputado diz não ter sido informado oficialmente da sua expulsão do PDT e garantiu que vai tentar manter a candidatura a prefeito pelo partido. “Se acontecer [a expulsão] vou procurar medidas jurídicas. Se não conseguir concorrer não será o fim do mundo, eleição tem de dois em dois anos, tenho a vida toda pela frente. Essa é uma decisão só do PDT, tanto o nacional quanto o do Amazonas”.
Para Abraão, caso o partido decida puni-lo, a preferência é deixar de ser candidato à prefeitura a sair do PDT. ” Caso não seja candidato vou me esforçar pelos vereadores e para eleger pelo menos quatro prefeitos de médias cidades”, concluiu.
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