
Amazonas – O ex-governador do Amazonas e ex-prefeito de Manaus, Amazonino Sorridente, participou ontem na Assembleia Legislativa do Estado, da homenagem pelos 15 anos da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), criada no seu Governo.
Amazonino, muito assediado e demonstrando um grande bom humor tentou driblar as pergunta obre política, mas não conseguiu.Questionado sobre as recentes mudanças em seu partido, o PDT, como a posse do novo presidente estadual da sigla, o deputado federal Hissa Abrahão, que também se apresenta como pré-candidato à Prefeitura de Manaus, ele afirmou que isso não lhe diz respeito e somente se manifestará sobre seu apoio no período eleitoral. “Não faltarei com o meu dever de cidadão, meu dever como cidadão não abdico jamais e eu vou para a guerra”, disse.
A direção estadual do PDT teve sua composição alterada, na última semana. O presidente estadual é o deputado federal Hissa Abrahão, que deixou o PPS, e o vice-presidente do partido é o deputado estadual Adjuto Afonso, que se desfiliou do Partido Progressista (PP) em marco.
Críse
Durante a solenidade, o ex-prefeito disse que não falaria sobre o processo político local, nem faria avaliações a respeito da gestão do Executivo municipal sob a chancela do prefeito Arthur Neto (PSDB), mas fez uma análise da crise política que assola o país que culminou no pedido de impeachment da presidente da República Dilma Rousseff (PT).

“Essa crise é iminentemente política em decorrência da fragilidade política, da falta de aplicação do ideário partidário que todos têm e ninguém aplica. Na verdade, o que se faz é política de grupo, política de interesse econômico, sem contemplar o grande interesse nacional. Os partidos não se entendem, não tem comando interno e a presidente Dilma (Rousseff) meteu os pés pelas mãos”, analisou Amazonino.
“Depende da interpretação”
Amazonino Mendes não disse se é favorável ou contrário ao impeachment de Dilma, mas disse que tratar o pedido como “golpe” depende da interpretação dos fatos em um cenário nacional e uma discussão jurídica a respeito do tema. “O grande fato é que o país desmoronou.
A crise é política, mas que fomenta e alimenta a crise econômica. A crise econômica é que vai terminar derrubando tantos quantos cheguem lá. O grande projeto brasileiro, a meu ver, é o aprimoramento das instituições. Se não fizermos isso, vamos trocar seis por meia dúzia”, disse o ex-prefeito.
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