Greve do BASA afeta negócios e prejudica desenvolvimento da região

16-10basaManaus – “A greve dos bancários do Basa é negativa para o desenvolvimento regional, porque, por ser um banco de fomento, não está liberando os financiamentos de programas sociais ligados à região Norte, a exemplo da Agricultura Familiar e o Plano Safra, e para os próprios empresários, que ficam prejudicados pela falta de crédito, o que inibe o investimento em negócios, justamente às vésperas das festas de final de ano.”

O alerta foi feito nesta quarta-feira (15), pelo líder do PMDB, na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), deputado Marcos Rotta, após sessão em que os servidores do Banco da Amazônia, em greve desde o dia 30 de setembro, pediram apoio aos parlamentares da Casa.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários do Amazonas (SEEB-AM), Nindberg Barbosa dos Santos, a decisão de continuar com o movimento ocorreu pela negativa do Banco em aceitar algumas propostas dos servidores.

“Os bancários, de um modo geral, com exceção dos servidores do Banco da Amazônia, aceitaram a proposta da parte econômica. O problema ocorreu nas cláusulas específicas do Banco da Amazônia. A questão do plano de saúde, por exemplo, não foi atendida, e isso descontentou os funcionários”, disse o presidente do SEEB-AM.

Além da falta do plano de saúde, alguns funcionários reclamam que estão há 8 anos sem promoção e afirmam que o Basa tem um dos menores salários do país. Rotta, que acaba de ser eleito deputado Federal e também já foi bancário, prestou apoio aos servidores e assegurou que vai representar a categoria, em Brasília.
“Trabalhei no Bamerindus e no Banco Mercantil. Ser bancário, principalmente em outras épocas, era uma glória. Hoje,

constatamos a deficiência na valorização dos profissionais. Os bancos, apesar dos lucros bilionários, não valorizam os seus funcionários. Passei por isso, sei o que representa e sei das necessidades dos profissionais bancários.

Os bancos faturam bilhões e não investem na valorização de seus profissionais, não acompanham o processo inflacionário e não recompõem os salários básicos. Como deputado federal eleito, quero assumir um compromisso diante dos servidores do BASA.

Em Brasília, vamos procurar adotar de todos os mecanismos possíveis, através da Câmara dos Deputados, para fortalecer esta grande mão de obra dos bancários, há muito tempo desprezados, neste país. É inadmissível que os bancos virem as costas para aqueles que, cada vez mais, engrandecem e solidificam essas instituições. Os bancários terão em mim o apoio nesta casa e em Brasília”, finalizou.

Segundo o presidente do Sindicato dos bancários, Nindberg Santos, dos 250 servidores no BASA, 150 paralisaram agências em Humaitá, Manacapuru, Presidente Figueiredo, 3 agências em Manaus e mais a superintendência. “Os servidores não conseguem firmar um acordo. O que nós queremos é terminar a greve e voltar ao trabalho com dignidade”, afirmou.

Amazonianarede – Assessoria

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