Governo monta estratégia para dinamizar a produção e comercialização de peixes ornamentais

Amazonianarede – Sepror

Manaus – Uma das maiores fontes de renda tradicionais do interior amazônico é a pesca, considerando que a bacia é um grande potencial pesqueiro, mas segundo dados da Secretaria de Produção Rural do Estado, o comércio de peixes ornamentais, que tem como maior produtor o município de Barcelos, no alto Rio Negro vem apresentando nos últimos uma ligeira queda e a categoria já ocupa apenas a quinta colocação na relação dos produtos extrativistas mais importantes para a ecnomia regional.

Dados fornecidos pela Sepror, apontam que em 2008, foram vendidos 40 milhões de unidades de peixes ornamentais. Atualmente, essa marca se aproxima dos 10 milhões, o que representa uma queda considerável de 30 milhões de unidades.

Esse fato, vem afetando a economia do Estado e mais diretamente a vida dos ribeirinhos que dependem basicamente da geração de renda fruto dessa atividade.

Nos anos de 2010 e 2011 o setor gerou U$ 1 milhão em exportação e empregou cerca de mil trabalhadores diretos e indiretos. Entretanto, há quatro anos, rendia aproximadamente de U$ 4 milhões e empregava até 16 mil pessoas.

ATRAVESSADORES

A difícil relação dos pescadores com os fornecedores, na opinião do secretário de Produção Eron Bezerra, é a principal causa dessa queda.

Ele frisou que o o milheiro do peixe cardinal, o mais popular, custa R$ 16. Um exemplar do peixe é vendido fora do país, pelo mesmo atravessador, por U$ 1.

Lembra ainda o secretário outros fatores que impedem o crescimento da venda destes peixes. “Falta de organização dos piabeiros (os vendedores do produto), preço de mercado para a venda das espécies e há pouca infraestrutura para a atividade” do setor.

CENTROS EM MANAUS E BARCELOS

Com o objetivo de diminuir esse impacto negativo na produção e comercialização do peixe artesanal no Amazonas e promover um crescimento para essa atividade extrativista relacionada a pesca, o Governo do Estado em parceira com o Ministério da Pesca, irá construir um centro de entreposto de pesca entre Manaus e Barcelos. O local servirá para adaptação, triagem e criação das espécies mais importante no mercado.

O Estado também tem conversado com os piabeiros para estabelecer um padrão de preços e qualidade do produto. Eron também ressalta que já existe uma política pública voltada a remediar a situação. “O Estado já aprovou a subvenção de R$ 20 até R$ 30 para suplementar a renda dos piabeiros”, afirma o secretário.

DADOS 

A espécie mais capturada é o cardinal, responsável por 65%, seguido dos Rodostomus (6%), Borboletas (3%), Coridoras (2%), Discus e outros. O período de safra ocorre entre agosto a abril. Hoje, os peixes são exportados para 33 países, os principais são Alemanha e Japão.

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