Goleiro Bruno é condenado a 22 anos e 3 meses pela morte de Eliza Samudio

Bruno
Bruno

Amazonianarede – Ag.Estado

Contagem, MG – O goleiro Bruno Fernandes foi condenado a 22 anos e 3 meses de prisão pela morte da ex-amante Eliza Samudio na madrugada desta sexta-feira (8). Do total, 17 anos e seis meses serão cumpridos em regime fechado.

Os jurados consideraram o ex-atleta culpado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima) e ocultação de cadáver de Eliza, e sequestro e cárcere privado do filho Bruninho. Por sua confissão, a pena foi reduzida em três anos, mas aumentada em seis meses por ter sido o mandante do crime.

Já a ex-mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues do Carmo, foi absolvida dos crimes de sequestro e cárcere privado da criança que o jogador teve com a vítima. Eliza foi morta em 10 de junho de 2010.

O julgamento começou na última segunda-feira (4) no fórum de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Bruno esta preso há 3 anos acusado de ser o mandante do crime.

Em novembro de 2012, o ex-braço direito e amigo de Bruno, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, foi julgado e, após confessar o crime, foi condenado a 15 anos de prisão (12 em regime fechado).

As condenações não são o desfecho da história. Além de dois julgamentos de outros três acusados, marcados para abril e maio deste ano, novas investigações estão em andamento para apurar a possibilidade de outros dois ex-policiais civis mineiros terem participado do assassinato com Marcos Aparecido dos Santos, o Bola.

Depoimento

Nesta quinta-feira, Bruno mudou sua versão dada no depoimento de quarta. Perguntado por seu advogado Lúcio Adolfo se sabia que Eliza iria morrer, ele disse que sim. “Sabia e imaginava”, afirmou o goleiro. “Pelas brigas constantes, pelo fato de eu ter entregado ao Macarrão o dinheiro.” E emendou: “E pelas agressões do Macarrão”.

Na quarta-feira (6), o goleiro admitiu que Eliza foi assassinada e teve o corpo esquartejado e jogado para os cães por Bola. Entretanto, o jogador alegou que não tinha conhecimento prévio do crime e que a execução da jovem havia sido tramada por Macarrão. “Como mandante dos fatos, eu nego, mas, de certa forma, me sinto culpado”, disse o goleiro.

O ex-atleta do Flamengo assumiu que se beneficiou da morte e poderia até ter evitado que ela ocorresse. “Não sabia, não mandei, mas aceitei”, disse, referindo-se ao assassinato. Bruno negou o sequestro de Eliza, mas afirmou que a jovem se encontrava com ele para exigir dinheiro, a título de pensão, pelo fato de terem tido um filho.

Entenda o caso

Ex-amante do goleiro Bruno, Eliza Samudio desapareceu em junho de 2010 quando viajou do Rio de Janeiro para o sítio do jogador em Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Acompanhada de seu bebê, filho de Bruno, ela fez seu último contato por telefone em 9 de junho. Poucos dias depois, a polícia recebeu a denúncia de que a jovem estaria morta.

Um primo de Bruno, então com 17 anos, foi apreendido na casa do goleiro, no Rio, após a polícia receber denúncia de que o rapaz havia participado da execução de Eliza. À polícia, ele revelou a participação de mais sete suspeitos no crime e disse que Bola teria matado a jovem. O corpo, no entanto, nunca foi encontrado.

O primo de Bruno foi condenado a três anos de internação pelo sequestro e morte de Eliza. No fim de 2010, a Justiça mineira determinou que Bruno, Macarrão, Bola e Sérgio Rosa Sales – este último primo do goleiro, e encontrado morto em agosto de 2012 – fossem julgados por júri popular pelo sequestro e morte de Eliza. Já Dayanne, Fernanda Gomes de Castro (ex-namorada de Bruno), Vítor da Silva (caseiro do sítio de Bruno) e Wemerson Marques de Souza, o Coxinha (amigo de Bruno), foram acusados por sequestro e cárcere privado.

Além de Macarrão, Fernanda também já foi condenada por cinco anos em regime aberto. Os demais réus ainda aguardam julgamento.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.