Globo também sofre quando ouve a música do Fantástico

A jornalista Poliana Abritta à frente do Fantástico de 1º de setembro; programa desafia a Globo

Há décadas, a música-tema do Fantástico se tornou uma espécie de gatilho para os brasileiros, avisando que o final de semana está prestes a acabar. Mas, de alguns anos para cá, a trilha também passou a simbolizar uma das maiores dores de cabeça da Globo aos domingos –já que a revista eletrônica está longe dos resultados do passado.

Um dos principais fatores, claro, é a atual crise de audiência que a TV aberta enfrenta como um todo. Não é só o Fantástico que vê a sua participação no Ibope cair pela metade nas últimas duas décadas. Dos matinais às novelas, segurar o público no sofá se tornou um desafio hercúleo.

Um problema ainda mais grave no momento em que a Globo passa por uma transição de talentos, com a saída de apresentadores de mais experiência, como Fausto Silva. Luciano Huck não era nenhum novato quando assumiu o Domingão em 2021, mas mesmo assim encarou maus bocados.

A questão do Fantástico vai além, porque a revista eletrônica tradicionalmente sempre ditou quais seriam os temas a serem debatidos na semana. Alguns quadros e personagens até hoje permanecem no imaginário popular, como o mágico Mister M e o padre Quevedo (1930-2019) –imortalizado como o “caçador de enigmas”.

Hoje, a produção se esforça para repetir a boa repercussão de formatos como o Retrato Falado (2000-2007), com Denise Fraga, ou o Me Leva, Brasil, com Maurício Kubrusly. Recentemente, talvez apenas o Isso a Globo Não Mostra (2019-2020) tenha realmente caído na boca do povo.

Xis da questão
Uma das maiores dificuldades do formato até aqui é dar uma resposta à concorrência com os veículos online, já que segurar uma informação privilegiada durante dias se tornou um baita risco de tomar um furo –jargão jornalístico para quando um veículo sai na frente com o mesmo conteúdo.

O Fantástico, porém, já provou para a Globo que é capaz de alcançar novamente uma grande repercussão, como na entrevista da atriz Larissa Manoela sobre o rompimento com os pais, Gilberto e Silvana Taques. Ou a reportagem sobre os influenciadores que faziam propaganda fraudulenta sobre jogos de azar. Tornaram-se, porém, pontos fora da curva.

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