Gil Rugai é condenado pela morte do pai e da madrasta

Gil Rugai

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Amazonianarede – Veja

São Paulo – Após quase nove anos, o tribunal do júri condenou nesta sexta-feira o ex-estudante de Teologia de Gil Rugai, de 29 anos, pelo assassinato do pai, Luís Carlos Rugai, e da madrasta, Alessandra Troitino, em março de 2004. A sentença ainda não foi lida pelo juiz, mas o promotor do caso, Rogério Zagallo, confirmou a decisão do júri por considerá-lo culpado por homicídio qualificado – por motivo torpe. Cabe recurso à decisão. Prevaleceu a tese da acusação de que o réu cometeu o crime depois de ter sido descoberto em um esquema de desvio de dinheiro da Referência Filmes, produtora de vídeo do pai.

Segundo o Ministério Público, Rugai entrou na residência do casal, no bairro de Perdizes, na Zona Oeste de São Paulo, e disparou cinco tiros na madrasta e quatro no pai, pelas costas. “Saiu a condenação justa e adequada”, afirmou Zagallo, acompanhado de Rodolfo Chiarelli, delegado que conduziu as investigações do caso. Segundo o promotor, a votação do júri foi cinco contra um pela condenação de Rugai nos dois assassinatos.

O juiz Adilson Simoni lerá ainda nesta tarde a sentença que determina a pena que Rugai deverá cumprir. Nos cinco dias de julgamento, foram ouvidas quinze testemunhas – cinco pela acusação, sete pela defesa e três pelo próprio magistrado. Duas testemunhas foram dispensadas pela defesa.

Rugai alegou inocência e disse estar em outro local na noite do crime. O julgamento foi marcado por declarações da defesa à imprensa que haveria outras linhas de investigação para o homicídio, como o envolvimento do casal com o tráfico de drogas e um ex-funcionário da Referência que, como Rugai, também tinha a chave da porta dos fundos por onde entrou o assassino. Porém, os advogados não conseguiram comprovar as teses diante dos jurados.

Durante as investigações, a polícia reuniu provas que poderiam induzir os jurados de que Rugai tinha um comportamento estranho – suásticas, seringas com sangue e uma depoimento sobre uma suposta “mala de fuga” com uma pistola, roupas, canivete, facas, dinheiro e LSD. O próprio irmão do Réu, Leo Rugai, confirmou que o irmão tinha “o jeito dele”. O promotor o acusou, diante dos jurados, de ter uma personalidade boderline (limítrofe) entre um psicopata e uma pessoa normal.

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