Brasília – O mercado formal de trabalho registrou em setembro a geração líquida de 123.785 empregos – queda de 41,35% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram abertas 211 mil vagas.
Foi o pior resultado para o mês desde 2001, quando foram criados 80.028 postos com carteira assinada. Entre janeiro e setembro, foram criados 904.913 postos, considerando dados ajustados (declarações fora do prazo) – o que representa recuo de 31,6% na comparação com o acumulado nos nove primeiros meses do ano passado, quando o saldo ultrapassava um milhão de contratações.
O resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho, veio abaixo da projeção do mercado que aguardava a geração de 144 mil empregos.
A indústria, depois de registrar saldos negativos por cinco meses consecutivos neste ano reverteu o desempenho em setembro e respondeu pela abertura de 24.837 vagas. Em seguida, ficaram serviços, com saldo de 62.378 postos e o comércio, com 36.409. A construção civil gerou 8.437 empregos e a agricultura registrou saldo negativo de 8.876 devido à entressafra.
– Os números são positivos. É a prova de que a economia como um todo está indo bem – disse o ministro do Trabalho, Manoel Dias, que mantém a meta de criação de empregos neste ano em um milhão de empregos.
Fonte: O Globo