Manaus – Fisioterapeutas decidem se reunir para uma manifestação pacífica na próxima sexta-feira (20), às 1oh, em protesto por uma maior representatividade junto ao Conselho Regional e direito de escolha de seus representantes de forma transparente, exigem também desmembramento do CREFITO 12 para atender as necessidades dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais do Amazonas.
O movimento acontece em frente a Delegacia do CREFITO 12, localizada na rua Rodrigues Alves, 19, Dom Pedro I, Comercial Havan Center, Piso 1, Sala 1B Térreo. Entre os assuntos a serem discutidos estão: Eleição sem voto secreto pois o nome já consta no envelope; Falta de concurso para fiscal; Período de abertura de inscrição de chapas APESAR DE LEGAL, foi feito em um período crítico de festejo natalino e ano novo; e a Exigência de um plano e metas para o desmembramento.
Abaixo a integra da convocatória do manifesto:
MANIFESTO DOS FISIOTERAPEUTAS AMAZONENSES
Destinatário: todos os interessados em melhorar a fisioterapia do Amazonas
É chegado o momento de mudança da fisioterapia Amazonense. Mudanças ideológicas e filosóficas, colocando a nossa profissão acima de diferenças pessoais.
Apesar das décadas de história da nossa profissão, pode-se dizer que a fisioterapia amazonense é extremamente nova. É óbvio, que sempre houve fisioterapeutas atuando aqui no nosso estado, porém a primeira turma de profissionais formados em uma instituição local data de 2004, e acreditamos que este é o marco histórico da fisioterapia local, pois foi a partir daí que tivemos um crescimento exponencial de profissionais, culminando com melhorias significativas nos serviços de saúde de todas as especialidades.
Hoje, contamos com um número expressivo de profissionais e clamamos mudanças. Mudanças essas que só serão possíveis quando tivermos voz e um conselho atuante dentro do nosso estado, o que só se fará mediante ao desmembramento do CREFITO 12, e a criação do nosso próprio CREFITO, fato esse que tornará nossa ações mais efetivas e contribuirá de maneira impar para o crescimento da fisioterapia, e dignificação da classe no âmbito do estado do Amazonas.
Sabemos que o processo de desmembramento não é simples, mas sim moroso e burocrático, mas este é objetivo e vontade de todos aqui presentes. E apesar do tempo que isso possa demorar, clamamos que até alcançarmos esse objetivo, nossa voz seja ouvida, e deixemos de ser um mero curral eleitoral e passemos a ser atores principais da nossa profissão.
Nesse dia 20, ocorre a eleição para o próximo quadriênio, e nosso estado mais uma vez não tem representatividade, apresentando apenas 2 membros SUPLENTES.
Em análise do pleito eleitoral, notamos que o mesmo transcorre dentro dos rigores da lei, sem nada que legalmente o desabone, porém nos sentimos no direito ao uso de nossa liberdade expressão para demonstrar nosso descontentamento relativo a alguns fatos:
- O período para inscrição de chapas foi realizado em um período de festejos, o que claro não desabona o fato que todos nós termos a obrigação de acompanhar tudo relativo a nossa classe em qualquer época, porém há de se convir que este é o período onde a maioria de nós se encontra de férias e por vezes fora de sua jurisdição e domicílio, desligando-se de tudo relativo a profissão, por isso se chama férias ou recesso.
- Pedimos esclarecimentos formais do processo de leitura e computação dos votos fora de domicílio. Partimos do pressuposto que toda eleição é de voto secreto, porém os envelopes para votação fora de domicílio apresentam-se com nossos nomes como remetente, além óbvio do código de barras. Isso implica que durante a sua abertura a comissão eleitoral saberá, se assim o quiser, como e em quem cada profissional fora de domicílio votou. Este problema poderia ter sido evitado de forma simples e seguindo o exemplo de outros conselhos profissionais, que enviam para suas eleições um representante da comissão eleitoral com uma urna para a delegacia regional, onde os profissionais realizam sua obrigação eleitoral.
- Muitos colegas encontram-se desinformados sobre o processo eleitoral e talvez nem mesmo tenham recebido sua cédula de votação, e nesse sentido questionamos a ausência de uma divulgação maciça do processo e sua obrigatoriedade, até mesmo com orientações claras aqueles que não estejam sabendo deste pleito eleitoral. Uma coisa deve ficar muito clara no estado do Amazonas, muitos colegas trabalham em áreas longínquas, com dificuldade de correspondência postal (o único meio de acesso é por barco e depende da sazonalidade dos nossos rios), ou até mesmo com acesso limitado a recursos de telefonia e internet. Essa é uma característica que deve ser considerada e respeitada. Então questionamos aqui, porque não foram enviados e-mails avisando sobre a data da eleição e orientando aqueles que por ventura não tenham recebido seu mecanismo de votação. Muitos colegas mesmo da capital Manaus, só souberam da eleição porque receberam a cédula pelo correio (isso para aqueles que deram a sorte de conseguir receber essa importante correspondência).
- Enquanto a morosidade do processo de desmembramento não nos permitir um CREFITO para o Amazonas, pleiteamos que se siga o exemplo dos crefitos 6 e 8, onde há eleição para seus delegados. Pensamos que como o delegado é nosso elo direto com o conselho, ter direito a escolher esse representante é fundamento básico da liberdade de escolha democrática, pois este estará sendo a voz da maioria.
- Estimamos o trabalho de fiscalizações executados até aqui, porém temos a necessidade iminente de que se abra concurso para fiscal, pois vemos que esta é uma função de suma importância e deve ser executada por pessoas concursadas e não indicada ou selecionada por meio de processos seletivos simplificados. Este é o profissional que tem como primazia zelar e fiscalizar os atos profissionais e fato deste ser concursado o torna automaticamente imparcial em seu trabalho.
POR FAVOR, OUÇAM A NOSSA VOZ E NOS DÊEM A LIBERDADE DE TRILHARMOS NOSSO PRÓPRIO CAMINHO.
