Everton Costa sofre convulsão e é hospitalizado

Exames normais
Exames normais

Rio – O susto dado por Everton Costa ainda não se transformou em total alívio. O atacante, que sentiu um mal súbito durante o jogo contra o Resende, na noite desta quarta-feira, em São Januário (vitória vascaína por 1 a 0), sofreu convulsão e uma arritmia cardíaca. Após bateria de exames, o jogador precisará ficar no mínimo 72 horas internado em observação na unidade coronariana do Hospital Quinta D’or, em São Cristóvão, para onde foi levado antes mesmo do final da partida pela Copa do Brasil. O detalhamento geral do caso, no entanto, só deve sair em uma semana.

Everton se sentiu mal ainda no primeiro tempo. Segundo o departamento médico do Vasco, o jogador sofreu uma indisposição. Depois de vomitar no intervalo da partida, ele tomou um remédio e se disse disposto a voltar para o segundo tempo. Não aguentou muito tempo em campo.

A convulsão começou quando o jogador já estava no banco de reservas e assustou todos a seu redor. Funcionários do Vasco chegaram a usar uma bandeira do clube para impedir o registro de imagens enquanto Everton era colocado na ambulância. De acordo com o coordenador médico cruz-maltino Clóvis Munhoz, o quadro do atleta só foi revertido no hospital.

– Ele sentiu uma indisposição durante o jogo e se queixou no vestiário. Disse que poderia ter comido alguma coisa que não caiu bem. Vomitou um pouco, tomou uma medicação e se disse disposto a voltar. Estava lúcido, orientado, com a pressão mantida. Por isso ele voltou. Mas ai se sentiu mal novamente e teve a convulsão no banco de reservas. Foi levado imediatamente para a ambulância quando perdeu a consciência. O doutor Rômulo Teixeira fez o primeiro atendimento em São Januário. Dentro da ambulância foram feitas uma série de medidas para estabilizar o estado dele e permitir a remoção com segurança – resumiu Munhoz, que disse ainda não haver previsão para a divulgação de um novo boletim médico.

Assim que o jogo acabou, diversos representantes do Vasco seguiram para o hospital. O presidente Roberto Dinamite, o diretor executivo de futebol Rodrigo Caetano, assessores, a esposa do jogador, Neia Costa, e até mesmo o zagueiro Rafael Vaz estavam presentes. Segundo o médico Rômulo Teixeira, Éverton está lúcido e não corre risco de vida. O atacante realizou exames detalhados em janeiro passado, quando assinou contrato de empréstimo até o fim de 2014, e não apresentou problema algum em seus testes cardíacos.

– Fizemos a estabilização na ambulância para podermos transportá-lo com segurança. Foi identificada uma arritmia, que levou a um quadro de convulsão e mal súbito. Tomamos medidas para reverter essa arritmia, o que foi conseguido com tranquilidade.

Agora o atleta se encontra lúcido, orientado, sabe tudo o que aconteceu, já recebeu a visita da esposa, do presidente, de toda a equipe médica do Vasco… Agora ele vai seguir para a unidade coronariana onde ficará em observação por pelo menos 72 horas para que possamos descobrir o que gerou um quadro dessa natureza. Será liberado quando estiver totalmente estável – frisou Rômulo.

No Quinta D’or, Éverton Costa realizou exames de sangue e eletrocardiograma. Ele ainda vai passar por um ecocardiograma e até uma tomografia de crânio para que os médicos do Vasco possam entender o que levou um atleta a sofrer uma crise convulsiva e até mesmo o quadro de arritmia cardíaca. A expectativa é de que em uma semana o clube tenta todas as respostas.

– Ele vai ficar internado por no mínimo 72 horas, mas esse tempo pode ser maior. E nós acreditamos, após conversas com os cardiologistas, que em torno de uma semana já vamos ter condições de relatar para vocês (jornalistas) com tranquilidade e clareza o que aconteceu, o que deu origem a esse mal súbito. Alguma coisa foi responsável por isso. Não temos indício algum no momento. É uma situação atípica, nem os cardiologistas entenderam. Ele é um bom atleta, que sempre passa por exames e tem bons resultados nos testes físicos. Fez pela última vez no dia 9 de janeiro e deu tudo normal. Caso contrário, não estaria jogando no Vasco. É uma situação que precisa ser investigada. Éverton não corre risco de vida. Mas ele não pode ter um problema desse e ir para o quarto. Precisa ser monitorado – finalizou Clóvis.

Amazonianarede – O Globo

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