Estudos mostram jazida gigantesca de Silvinita em Autazes

Jazida de Silvinita

Jazida de Silvinita

Amazonianarede – Kennedy Lyra

Manaus – Um antigo sonho esta sendo realizado no município de Autazes, distante 113 Km de Manaus, a exploração da Silvinita. A terra do Leite esta agora se transformando na terra da Silvinita, matéria prima de fertilizantes e adubos.

O Amazonas tem três reservas de potássio descobertas na década de 80 pela Petrobras. Desde então, nunca foram exploradas e grande parte do potássio utilizado no País é importado. Em março, a presidente Dilma Rousseff garantiu que as minas serão usadas e devem garantir a autossuficiência nacional no minério. As minas do Estado estão nos municípios de Nova Olinda do Norte (135 quilômetros de Manaus) e Itacoatiara (a 176 quilômetros de Manaus). E uma em Autazes, onde estudos avançados localizaram o mineral a 500 metros de profundidade, o que facilita a extração.

Essa descoberta encheu de esperança o deputado Sinésio Campos, que é um dos parlamentares que mais vem lutando para que o governo federal e a iniciativa privada possam melhor explorar esse mineral que, é de vital importância para o desenvolvimento da agricultura em todo o mundo, e o Brasil desponta como um dos mais importantes fornecedores de adubo do mundo. “Estamos vivendo uma nova realidade, um sonho que se realiza, a exploração de Silvinita em Autazes é uma realidade, já se esta gerando emprego e renda, isso é só uma pequena amostra do que a exploração mineral é uma realidade,” disse Sinésio.

A quase dois quilômetros de profundidade abaixo de Nova Olinda do Norte e Itacoatiara, no coração da Amazônia, encontra-se a maior reserva no Brasil e uma das maiores do mundo de silvinita, a matéria prima que se tornará o potássio, o K de NPK, a combinação mágica de fertilizantes tão necessária para o estabelecimento do Brasil como maior ainda potência agrícola.

Como lembrete, a mais ou menos 1.000 quilômetros dali para o sul encontra-se a fronteira desta expansão agrícola com a qual nós brasileiros, ao mesmo tempo que nos orgulhamos e nos beneficiamos, também nos preocupamos com as consequências para a floresta amazônica e a consequente mudança climática.

Caso esta fronteira não sirva de lembrete, veja então, a dez quilômetros a montante da cidade de Itacoatiara no Rio Amazonas o grande porto da Hermasa, empresa do grupo Maggi, que dispensa apresentação como o maior plantador de soja do país, onde descarrega-se de soja as balsas que sobem o Rio Madeira a partir de Porto Velho.
Esta soja segue caminho Rio Amazonas abaixo, em grandes transatlânticos que a levam para famintos de todo o mundo. Adicionando a este cenário, a oeste vemos gás natural de Urucu chegando via gasoduto a Manaus, a 250 km, com conexão viária até Itacoatiara. A leste, coincidentemente, gás também, desta vez em Silves, a 50 km, que vem acompanhado do Linhão de Tucuruí, que promete interligação ao Amazonas ao grid de eletricidade nacional. Este mesmo gás natural é insumo essencial na possível produção de energia para a extração e beneficiamento de silvinita e na produção de nitrogênio, o N do NPK (ficamos devendo o P, fosfáto, que mostra alguma incipiente possibilidade em Mato Grosso). Acrescenta-se ao cenário um Brasil importador de potássio (consome-se sete milhões de toneladas anuais e produz-se apenas 10% deste total), solos brasileiros bastante acídicos (que necessitam de fertilizantes), uma commodity que em 5 anos teve seu preço elevado de US$150 a tonelada para US$800 e um mercado de capitais brasileiro que se desenvolveu a tal ponto de poder financiar projetos de mineração pré-operacionais em bilhões de reais. .

Jazida de Silvinita

Não nos esqueçamos dos projetados quatro mil empregos em Nova Olinda, cidade de menos de vinte mil habitantes, os royalties de mineração gerados ao município e ao estado e ainda o ICMS, pois a silvinita tem destino ao mercado nacional e não à exportação (com consequente desoneração, caso do ferro do Pará).

Por último, como a azeitona na empada, completa-se o cenário com a existência de tecnologias de extração de silvinita que necessitam apenas de um pequeno buraco no solo, em grande parte evitando as infindáveis discussões ambientais acerca de qualquer projeto desta natureza na Amazônia.

Até mesmo o sal, produto que será extraído com a silvinita, pode encontrar seu destino no processo industrial das usinas de beneficiamento de bauxita na foz do rio Amazonas no Pará.

2 COMENTÁRIOS

  1. Meu nome é Gilson das Neves Martins, sou Engenheiro Mecânico e tenho uma empresa toda regularizada com certificação nível A pelo PBQP-H, a minha empresa atende em parte as necessidades deste projeto de extração da Silvinita em Autazes, seria muito honrosa a nossa participação como prestadora de serviços.
    Contato: (92) 3237-7289

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