Empresas buscam educação para o trabalho

Empresários da indústria, educadores e colaboradores do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), reunidos no workshop Educação para o Mundo do Trabalho, montaram agenda de propostas para a elevação da qualidade da educação dos jovens no curto prazo.

De acordo com o vice-presidente da FIEAM, Nelson Azevedo, entre as propostas figuram: aliar mídias eletrônicas com conteúdos curriculares, relacionar grades curriculares com o mundo do trabalho, diagnosticar o mercado local, investir na formação docente (técnica e metodológica), conscientizar jovens e família quando a importância do aprendizado e firmar parcerias entre o Sistema FIEAM, empresas e instituições de ensino.

A “Educação para o mundo do trabalho”, iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), visa à criação de agenda de trabalho com ações que gerem resultado em curto prazo para melhorar a educação no país.

O lançamento do programa foi realizado no Salão de Eventos da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), a partir de parceria entre Instituições de Ensino, Conselhos de Educação, Indústrias e Imprensa.

Segundo Nelson Azevedo, que também é embaixador do Programa no Amazonas, a educação é um dos maiores entraves ao desenvolvimento de nosso país. “Há carência de mão de obra qualificada para atender as necessidades do mercado de trabalho, principalmente do ponto de vista de um desenvolvimento sustentável”.

O empresário acrescenta que não há dúvidas de que a educação é a mola mestra para o desenvolvimento de qualquer país, estado, região ou município. Sem capital humano, devidamente qualificado, não será possível incorporarmos novas tecnologias ao processo produtivo de nossas fábricas, não haverá aumento de produção e de produtividade. ”Teremos dificuldade de gerar inovação, porque a base da inovação é a qualidade do capital humano”, disse.

Dados sobre a Educação

O sociólogo e Ph.D. em educação e professor da Universidade Católica de Brasília, Cândido Alberto Gomes, apresentou indicadores que revelam o atraso do país em relação à educação. Pesquisa da CNI, apresentada por Cândido, revela que 52% dos empresários apontam como maior obstáculo para a qualificação dos trabalhadores as deficiência originárias na educação escolar básica, 69% das empresas consultadas enfrentam dificuldades com a falta de trabalhadores qualificados, 70% delas que têm essas dificuldades afirmam que o problema prejudica o aumento da competitividade. No Ensino Médio, menos de um terço dos estudantes alcançam nível de desempenho adequado em Língua Portuguesa. Em matemática, o indicador atinge apenas 11% apenas. O especialista relembrou, ainda, que o Brasil ocupa 53ª posição, entre 65 países, nos resultados obtidos no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA).

Sobre o Programa

O Programa Educação para o Mundo do Trabalho vai propor ações que deverão apresentar resultados de curto prazo em ciclos de 12 e 24 meses para a melhoria no desempenho dos jovens e dos trabalhadores, especialmente em língua portuguesa, matemática e ciências.

As ações do programa irão contemplar trabalhadores da indústria que não possuem ensino médio, jovens que estão cursando o ensino médio e, jovens de 18 a 24 anos que interromperam seus estudos e estão fora do mercado de trabalho.
Segundo levantamento da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), os três grupos somam 16,2 milhões de pessoas; deste número, 8,4 milhões são jovens que estão no ensino médio e outros 2,2 milhões estão fora da escola e desempregados, além dos 5,6 milhões de industriários.

Depois das reuniões estaduais, com finalização prevista para outubro, a CNI lançará, em parceria com atores locais e nacionais, o movimento da Educação para o Mundo do Trabalho. Nesse encontro, a instituição anunciará prêmios a serem entregues no próximo ano para as instituições que se destacarem no desenvolvimento das ações estabelecidas no projeto.

(Fonte: Fieam)

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